Cavaco Silva diz que executivo está em "plenitude de funções"

Cavaco Silva diz que executivo está em "plenitude de funções"
| Política
Porto Canal

O Presidente da República notou hoje que o atual Governo está em "plenitude de funções", mas insistiu que um compromisso de "salvação nacional" entre PSD, PS e CDS-PP é o que melhor serve o interesse nacional.

"Chegou a hora da responsabilidade dos agentes políticos. As decisões que forem tomadas nos próximos dias irão condicionar o futuro dos portugueses durante vários anos", afirmou o chefe de Estado numa declaração ao país, onde anunciou que irá chamar "de imediato" a Belém os líderes do PSD, Pedro Passos Coelho, do CDS-PP, Paulo Portas, e do PS, António José Seguro, com vista ao alcançar desse acordo, no âmbito do qual propôs eleições antecipadas a partir de junho de 2014.

Dramatizando a atual situação porque "o que está em causa é demasiado grave e demasiado importante", o Presidente da República insistiu na necessidade de um compromisso de médio prazo entre PSD, PS e CDS-PP, pois "é a solução que melhor serve quer o interesse nacional quer o interesse de todos os partidos" que mostrarão o seu sentido de responsabilidade.

O Presidente salientou que um acordo desta natureza "não se reveste de grande complexidade técnica e poderá ser alcançado com alguma celeridade, podendo recorrer-se a uma personalidade de reconhecido prestígio que promova e facilite o diálogo".

"Sem a existência desse acordo, encontrar-se-ão naturalmente outras soluções no quadro do nosso sistema jurídico-constitucional", reconheceu, notando, contudo, que "se esse compromisso não for alcançado, os portugueses irão tirar as suas ilações quanto aos agentes políticos que os governam ou que aspiram a ser governo".

Na sua declaração de cerca de 20 minutos o chefe de Estado nunca se referiu explicitamente à solução apresentada publicamente pelo primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, no sábado e que passava pela subida do líder do CDS-PP e ministro demissionário dos Negócios Estrangeiros a vice primeiro-ministro, referindo apenas que "o atual Governo se encontra na plenitude das suas funções".

"Nos termos da Constituição, como disse, existirão sempre soluções para a atual crise política. Contudo, os portugueses devem estar conscientes de que nenhuma dessas soluções dará as mesmas garantias de estabilidade que permitam olhar o futuro com confiança igual à da proposta que acabo de apresentar", reforçou.

Nesta parte final da sua intervenção, Cavaco Silva fez ainda questão de lembrar os sacrifícios que os portugueses têm sido obrigados a fazer e o "admirável sentido de responsabilidade" mostrado, considerando que têm "o direito de exigir que os agentes políticos saibam estar à altura desta hora de emergência nacional".

Manifestando a convicção de que os partidos colocarão o interesse nacional acima dos interesses partidários, nomeadamente devido "gravidade extrema da situação" em que o país se encontra, o chefe de Estado terminou a sua comunicação ao país dizendo ter esperança num futuro melhor.

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