Governo proíbe várias cerimónias para prevenir surto do Ébola na Guiné-Bissau

| Mundo
Porto Canal / Agências

Bissau, 18 ago (Lusa) - Os ministérios da Saúde e Administração Interna da Guiné-Bissau difundiram hoje um despacho conjunto que proíbe várias cerimónias públicas e impõe maior controlo da água para consumo, no âmbito do programa de prevenção do Ébola lançado pelo governo.

Assim, fica interdita "a realização de atos que carretam a aglomeração de elevado número de pessoas", tais como o "fanado", cerimónia animista de iniciação na vida adulta, o "toca-tchoro", reunião de familiares e amigos para velar um morto, o "gâmo", ritual de oração islâmico, e "lumos", feiras populares realizadas nas ruas das povoações.

Batizados, piqueniques e outras atividades não especificadas são igualmente proibidas "até comunicação em contrário", de acordo com o despacho datado de 13 de agosto, mas difundido hoje em órgãos de comunicação social como a Radiodifusão Nacional (RDN) da Guiné-Bissau.

A intenção de impedir aglomerados de população para evitar a importação de algum caso de Ébola para o país e eventual contágio já tinha sido anunciada na última semana pelo primeiro-ministro e torna-se agora efetiva com a divulgação do despacho dos dois ministérios.

O documento proíbe ainda atividades em que "são manipulados e consumidos alimentos de diversa proveniência e propensos a contactos humanos vários".

Noutro ponto, determina-se que "as unidades de empacotamento e venda de água potável" só o poderão continuar a fazer mediante o "controlo e acompanhamento" do Laboratório Nacional de Saúde Pública.

"Eventuais desrespeitos às orientações emanadas merecerão a devida resposta por parte das autoridades competentes que mais não visam do que proteger a saúde das populações", conclui o despacho.

O programa de emergência sanitária anunciado na última semana pelo governo da Guiné-Bissau incluiu ainda o encerramento das fronteiras com a Guiné-Conacri e a preparação de salas de algumas unidades de saúde para o eventual isolamento de algum caso suspeito de Ébola.

Em cinco meses, a epidemia de Ébola na África ocidental, a pior desde a descoberta da doença em 1976, causou 1.145 mortes, de acordo com o último relatório da Organização Mundial de Saúde de 13 de agosto: 380 na Guiné Conacri, 413 na Libéria, 348 na Serra Leoa e quatro na Nigéria.

LFO // EL

Lusa/fim

+ notícias: Mundo

Ex-membro da máfia de Nova Iorque escreve livro dirigido a empresários

Lisboa, 06 mai (Lusa) -- Louis Ferrante, ex-membro do clã Gambino de Nova Iorque, disse à Lusa que o sistema bancário é violento e que escreveu um livro para "aconselhar" os empresários a "aprenderem com a máfia" a fazerem negócios mais eficazes.

Secretário-geral das Nações Unidas visita Moçambique de 20 a 22 de maio

Maputo, 06 mai (Lusa) - O secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, vai visitar Moçambique de 20 a 22 de maio, a primeira ao país desde que assumiu o cargo, em 2007, anunciou o representante do PNUD em Moçambique, Matthias Naab.

Síria: Irão desmente presença de armas iranianas em locais visados por Israel

Teerão, 06 mai (Lusa) - Um general iraniano desmentiu hoje a presença de armas iranianas nos locais visados por Israel na Síria, e o ministro da Defesa ameaçou Israel com "acontecimentos graves", sem precisar quais, noticiou o "site" dos Guardas da Revolução.