AD garante que tempo e mérito vão contar para progressão de carreira dos professores

AD garante que tempo e mérito vão contar para progressão de carreira dos professores
Lusa
| Política
Porto Canal/Agências

O presidente do PSD assegurou este domingo a um professor e dirigente sindical que, com a Aliança Democrática (AD), tanto o tempo como o mérito contarão para a progressão na carreira, e garantiu que "isso é indiscutível".

Luís Montenegro foi este domingo questionado sobre este assunto durante uma ação de campanha de AD na Figueira da Foz, no distrito de Coimbra, depois de na sexta-feira ter defendido que os funcionários públicos "devem ter um sistema de progressão sempre e só influenciado pelo seu desempenho, pelo seu mérito".

João Rodrigues, professor de educação física e dirigente nacional do sindicato Stop, perguntou-lhe pelas propostas da AD para a escola pública e, tendo em conta as suas palavras na sexta-feira, se pretende mudar a progressão na carreira dos professores: "O tempo deixa de contar e passamos só a ter o mérito como fator?".

"Não, são as duas componentes. Tem de haver mérito e tem de haver tempo também de serviço. Isso é indiscutível", declarou o presidente do PSD.

João Rodrigues quis ter a certeza: "Então é seguro que continuamos com o tempo nas progressões de carreira?".

"Temos os dois fatores. O mérito é essencial, mas é evidente que o tempo também é", reiterou Luís Montenegro.

Antes, interrogado sobre as carreiras dos assistentes operacionais, o presidente do PSD declarou que a AD defende "uma valorização da progressão das carreiras e do estatuto remuneratório de todas as áreas da Administração [Pública]".

"Temos um plano financeiro que prevê até 2028 termos cerca de 4% de valorização em termos remuneratórios disponível para se dividir em três planos. Primeiro, o aumento dos salários em função da inflação e das negociações anuais com os sindicatos. Segundo, a progressão das carreiras, portanto, termos alguma prioridade em algumas carreiras para evoluir mais rapidamente", referiu.

"E um terceiro ponto que é a valorização do mérito e os prémios de desempenho que nós queremos incutir na Administração Pública. Isto está tudo no nosso programa eleitoral", completou.

Nesta conversa, perante a comunicação social, João Rodrigues disse ao presidente do PSD que iria votar este domingo, antecipadamente, em mobilidade, para as legislativas de dia 10, e pediu-lhe "garantias de o que é que a AD traz de novo para a escola pública" para ter "um voto consciente".

"Eu digo: valorização da carreira docente, atração e retenção de professores, valorização das disciplinas nucleares, avaliação no fim de todos os ciclos de ensino, do português, da matemática, de uma terceira disciplina rotativa", respondeu Luís Montenegro.

A AD quer "recuperar as aprendizagens" e tem "depois um projeto ainda mais ambicioso, mas mais demorado para implementar e para surtir efeito: o acesso gratuito e universal dos zero aos seis anos, creches e pré-escolar", acrescentou.

Quando o diálogo terminou, os dois despediram-se cordialmente e o professor e dirigente sindical declarou-se "minimamente esclarecido".

"Pelo menos foi assegurado que a questão do tempo continua na progressão dos professores - uma vez que na Administração Pública o que foi dito foi que será cada vez mais o mérito a ser contabilizado para a progressão", realçou.

+ notícias: Política

PSD: Montenegro eleito novo presidente com 73% dos votos

O social-democrata Luís Montenegro foi hoje eleito 19.º presidente do PSD com 73% dos votos, vencendo as eleições diretas a Jorge Moreira de Silva, que alcançou apenas 27%, segundo os resultados provisórios anunciados pelo partido.

Governo e PS reúnem-se em breve sobre medidas de crescimento económico

Lisboa, 06 mai (Lusa) - O porta-voz do PS afirmou hoje que haverá em breve uma reunião com o Governo sobre medidas para o crescimento, mas frisou desde já que os socialistas votarão contra o novo "imposto sobre os pensionistas".

Austeridade: programa de rescisões poderá conter medida inconstitucional - jurista

Redação, 06 mai (Lusa) - O especialista em direito laboral Tiago Cortes disse hoje à Lusa que a constitucionalidade da medida que prevê a proibição do trabalhador do Estado que rescinde por mútuo acordo voltar a trabalhar na função Pública poderá estar em causa.