Costa lamenta fim de ciclo político, mas garante que “vamos ganhar estas eleições”

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Porto Canal

António Costa juntou-se este sábado à campanha do PS, marcando presença no comício no Porto, junto de Pedro Nuno Santos, secretário-geral, e Francisco Assis, cabeça de lista dos socialistas pelo distrito eleitoral do Porto.

No Pavilhão Rosa Mota, o primeiro-ministro, dirigindo-se aos indecisos, começou por relembrar que em ambas eleições desde 2015 os portugueses deram uma nota positiva à governação socialista. Um “bom mais” em 2019 e um “muito bom” em 2022.

E lamentou ainda o facto de agora ser necessário ir a eleições novamente. “Agora, em condições normais, só deveríamos ser avaliados daqui a dois anos e meio.”.

O primeiro-ministro demissionário comparou a atual situação com o jogo de futebol do FC Porto. “Para aqueles como o nosso secretário-geral que são portistas, estamos naquela situação em que o jogo com o Santa Clara em vez de chegar aos 90 minutos, tinha acabado aos 40 minutos”, ironizou António Costa.

“Mas mesmo aos 40 nós vamos ganhar estas eleições”, acredita.

António Costa seguiu elencando algumas das dificuldades que a governação socialista enfrentou nos últimos anos. A pandemia, mas principalmente a crise inflacionária que afetou o país depois da invasão da Rússia à Ucrânia.

Sobre a inflação, Costa traz uma notícia que indica que a inflação tem abrandado. “Sim, conseguimos controlar a inflação”, aponta.

Agora que as “coisas começam a endireitar”, António Costa pergunta aos indecisos se “será que vale a pena fazer uma mudança sem segurança em vez de dar a oportunidade ao Pedro Nuno Santos de continuar o trabalho que estava a ser feito, agora com uma nova energia, mas com o mesmo rumo”.

O primeiro-ministro virou-se ainda para a oposição, atacando os antigos líderes do PSD que têm marcado presença na campanha da Aliança Democrática. Acusa Cavaco Silva de querer “acabar com o SNS”. Virou-se ainda contra Durão Barroso, que “em menos de dois anos percebeu que governar não é inaugurar e foi para Bruxelas”, e Passos Coelho, acusando-o de deixar entrar o Chega quando fala sobre os imigrantes.

António Costa elogiou ainda o trabalho de Pedro Nuno Santos como ministro, falando das obras que estão a ser feitas pelo país que foram pensadas pelo antigo responsável pelas pastas das Infraestruturas e Habitação.

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