Fecho de estacionamentos no Campo Alegre vai causar o "caos", alertam estudantes

Fecho de estacionamentos no Campo Alegre vai causar o "caos", alertam estudantes
Porto Canal
| Porto
Porto Canal / Agências

O presidente da Federação Académica do Porto (FAP) alertou esta sexta-feira que as obras da Linha Rubi do Metro do Porto vão causar o “caos” no polo do Campo Alegre se dois parques de estacionamento fecharem em simultâneo.

“Fechar simultaneamente os parques de estacionamento vai gerar o caos. Estava planeado concluir a Linha Rosa, melhorando a acessibilidade à zona do Campo Alegre, e depois sim, começar a Linha Rubi”, declarou esta sexta-feira à agência Lusa o presidente da FAP, Francisco Fernandes.

No âmbito da empreitada da Linha Rubi, que ligará a Casa da Música a Santo Ovídio (Gaia), a Metro vai ocupar a área de um parque de estacionamento destinado a professores e funcionários, bem como um descampado que é habitualmente usado para estacionamento.

O presidente da FAP alertou que muitos estudantes são de longe e que, devido à “crise do alojamento, têm de vir todos os dias de carro”, e vão ser “extremamente prejudicados”.

Segundo explica o presidente da FAP, aqueles dois pontos de estacionamento no Polo do Campo Alegre “abrigam centenas de carros”.

A “falta de alternativas” está a “gerar preocupação na comunidade académica, que agrega mais de 10 mil estudantes naquela zona”, disse o líder da FAP.

Francisco Fernandes adiantou à Lusa que a FAP já fez um pedido de reunião à Metro do Porto para encontrar alternativas.

“Compreendemos a urgência em cumprir o Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) e a importância desta linha, mas não pode ser a qualquer custo. É preciso planeamento”, defendeu o presidente da FAP.

No âmbito desta obra, a estação do Campo Alegre ficará por debaixo do parque de estacionamento privado de utilização pública, entre as ruas do Campo Alegre, do Gólgota e de Entrecampos, que já foi encerrado há semanas.

Contactada pela Lusa, a empresa Metro do Porto confirmou que encerrou o “parque de estacionamento privado de utilização pública” e que a obra vai também obrigar à ocupação de um “parque de estacionamento reservado a professores e funcionários da Faculdade de Arquitetura da Universidade do Porto com cerca de 30 lugares de capacidade”.

A Metro do Porto disse estar “sensível aos impactos que as obras de expansão da sua rede podem causar, nomeadamente em matéria de pressão sobre a circulação automóvel” e, por esse motivo, asseverou estar a “trabalhar na possibilidade de abertura de uma área alternativa de estacionamento na zona do Campo Alegre”.

A Metro do Porto indicou também que está a “desenvolver contactos nesse sentido com diversas entidades”.

“Esse parque foi encerrado e no seu lugar, para além da nova estação de Metro, nascerá uma ampla zona verde pública, um edifício de ‘e-learning’ da Universidade do Porto, e um parque de estacionamento subterrâneo, que a Metro executará por indicação da Câmara Municipal do Porto”, acrescentou.

A empresa referiu ainda que a “área descampada” existente na zona “foi ao longo dos tempos utilizada como estacionamento selvagem”, não se tratando de um parque de estacionamento.

Para Francisco Fernandes, os “sucessivos atrasos das empreitadas constituem um grave constrangimento para a cidade do Porto, afetando diretamente os estudantes”.

A FAP defende que é necessário respeitar aqueles que todos dias têm de continuar a trabalhar e a estudar nas instituições de ensino superior da cidade.

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