Petardos, agressões e cadeiras pelo ar. As Assembleias Gerais do Benfica no tempo de Moniz

Petardos, agressões e cadeiras pelo ar. As Assembleias Gerais do Benfica no tempo de Moniz
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Porto Canal

Diretor-geral da TVI era vice-presidente do Benfica nas assembleias gerais em que rebentaram petardos, voaram cadeiras e Luís Filipe Vieira agrediu um sócio.

José Eduardo Moniz decidiu apresentar a gala de aniversário da TVI e aproveitar o momento para tentar ter graça, mas a comédia não é a praia de quem brinca com “alguns dos principais conflitos mundiais: Iraque, Afeganistão, Ucrânia, Palestina” e lhes junta “o maior de todos, a assembleia geral do FC Porto”.

O currículo do atual diretor-geral da estação de Queluz fala por si. Moniz foi vice-presidente do Benfica entre 2012 e 2021, em 2018 marcou uma viagem para o Brasil após receber uma convocatória para depor em tribunal - no âmbito de um processo de corrupção - e durante praticamente uma década assistiu impávido e sereno aos inúmeros episódios de violência nas assembleias gerais do clube que dirigia.

Em setembro de 2012, imediatamente depois de o Relatório e Contas do Benfica ser chumbado pela maioria dos presentes, um petardo rebentou dentro do Pavilhão da Luz e Luís Filipe Vieira teve que abandonar o local sob a proteção de seguranças, segundo o Record.

Cinco anos volvidos, os encarnados até lançaram um comunicado antes da reunião magna para procurar desviar as atenções dos sócios (“Somos mesmo muito grandes! Em vésperas de clássico continuam obcecados e só falam de nós. Não ganhar um campeonato há 16 anos ou não ganhar nenhum título nos últimos 4 anos explica muito. Ganhar 12 dos últimos 16 títulos explica tudo”), mas os benfiquistas não foram na conversa.

Mesmo perante o reforço do contingente policial para pôr cobro à contestação provocada pelos maus resultados, ninguém conseguiu travar os insultos, gritos e cânticos contra a direção de Luís Filipe Vieira e José Eduardo Moniz. “Ainda não perceberam que sou eu que mando aqui!”, exclamou Virgílio Duque Vieira enquanto um sócio exercia o direito da palavra.

Muito mais graves do que as palavras foram os atos: o jornal Record relata uma chapada no “vice” e conta que outro membro da Mesa, Jorge Arrais, terá sido atingido com uma cadeira. Só a intervenção musculada da PSP impediu o pior na assembleia mais concorrida desde 2003. Para não variar, Vieira voltou a ser confrontado pelos associados.

A dose repetir-se-ia em setembro de 2019, quando o presidente do Benfica gritou com vários associados que criticavam a falta de transparência da direção em que Moniz se incluía e, num ápice, os ânimos exaltaram-se.

A reunião magna do ano seguinte também acabou de forma tumultuosa. O Relatório e Contas até passou por larga margem, mas Luís Filipe Vieira perdeu a cabeça, insurgiu-se contra as críticas da plateia que exigia a sua demissão e agrediu um sócio, apertando-lhe o cachaço.

“O ambiente descambou por completo e vários seguranças à paisana entraram em ação e impediram Vieira de ir mais longe. «Não peço desculpa a quem ofendi, o que esse senhor disse, em determinadas circunstâncias, devia ser detido». Ouviram-se gritos de demissão", explica o Polígrafo da SIC.

A detenção de Luís Filipe Vieira em julho de 2021 viria a fragilizar a posição da restante direção e José Eduardo Moniz deixou a vice-presidência do Benfica antes das eleições que Rui Costa venceu.

Em janeiro do ano passado, o Benfica informou a Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) que Moniz estava entre os arguidos num “processo em que se investigam os crimes emergentes dos emails pirateados ao Benfica e onde foram juntos outros processos, como o dos Vouchers e o Mala Ciao”, escreve o Diário de Notícias.

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