O episódio ocorreu no momento em que José Eduardo Moniz apresentava a gala do 31.º aniversário da TVI. O diretor-geral da estação do Queluz fazia menção à presença do órgão de comunicação social que dirige nos principais conflitos mundiais dos últimos anos: “31 anos onde estivemos em alguns dos principais conflitos mundiais: Iraque, Afeganistão, Ucrânia, Palestina. E no maior de todos, a Assembleia-Geral do FC Porto.”

Jorge Nuno Pinto da Costa reagiu às palavras de Moniz no contexto da apresentação das contas do FC Porto, na manhã desta segunda-feira, e enviou uma mensagem a Mário Ferreira, presidente do conselho de administração da Media Capital, a manifestar o desagrado do FC Porto com o episódio.

“Não vi o programa”, começou por dizer o presidente do clube, que avançou que normalmente não vê a TVI.

Mas após receber mensagens, Pinto da Costa considerou “lamentável” e sublinhou que “maldade rima com imbecilidade.” E “as duas coisas juntas deram aquela triste espetáculo televisivo”, concluiu.

O presidente do FC Porto fez ainda menção a outro momento da gala, em que se ironizou com “a ida para Neptuno” de Mário Ferreira, presidente do Conselho de Administração do grupo Media Capital, que controla a TVI.

“Eu acho que a TVI devia fazer uma viagem especial para Neptuno e deixar lá muita gente, embora eu não tenha nada conta Neptuno”, disse Pinto da Costa, que reforçou que a intervenção de Moniz “não ofendeu o FC Porto, ofendeu o povo ucraniano.”

“Brincou-se com um desastre mundial, que é a guerra da Ucrânia que já dura há dois anos”, lembrou o líder dos Dragões. Por isso, “da nossa parte é desprezo total.”

Candidatos ao FC Porto também reagiram

Também André Villas-Boas, antigo treinador e candidato à presidência do FC Porto, recorreu à rede social Instagram para criticar o que considerou “uma piada circense” e exigiu à direção da TVI “um pedido de desculpas aos adeptos e simpatizantes” do clube.

Já Nuno Lobo, também candidato ao FC Porto, através da sua conta ao X (antigo Twitter) afirmou que “fazer analogias com a guerra da Ucrânia ou Palestina, onde todos os dias se perdem vidas humanas, com a Assembleia do FC Porto é de uma falta de racionalidade e respeito atroz.”