Ébola pode cortar 2% à economia dos países mais afectados
Porto Canal / Agências
Nova Iorque, 14 ago (Lusa) - A epidemia do vírus Ébola pode cortar dois pontos ao crescimento da economia da Libéria, Serra Leoa e Guiné-Conacri, os países mais afetados, segundo um estudo da consultora Teneo Intelligence, divulgado na quarta-feira pela agência Bloomberg.
De acordo com os cálculos dos analistas desta consultora com sede em Nova Iorque, os custos económicos imediatos da epidemia que assola principalmente estes três países da África Ocidental podem chegar ao equivalente a dois pontos percentuais do Produto Interno Bruto (PIB).
Apesar de nenhuma mina ter sido ainda encerrada, o fecho significaria um abrandamento ainda maior do crescimento, disse a consultora, sublinhando que estes Estados "são muito dependentes de ajuda externa" e que um agravamento da epidemia pode resultar no fecho das operações.
Os exemplos dos efeitos da epidemia que já matou mais de mil pessoas para as empresas e para a economia sucedem-se, desde o abandono das terras por parte dos agricultores até ao adiamento dos planos de expansão da ArcelorMittal, a maior fabricante de aço do mundo, para a Libéria, até ao adiamento de uma emissão de títulos de dívida pública na Serra Leoa e a suspensão da exportação de borracha da Libéria pela empresa da Costa do Marfim Sifca.
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