PCP vê na mensagem de Marcelo a constatação dos "problemas que o país atravessa"

PCP vê na mensagem de Marcelo a constatação dos "problemas que o país atravessa"
| Política
Porto Canal/Agências

O ex-líder parlamentar do PCP João Oliveira considerou esta segunda-feira que a mensagem de Ano Novo do Presidente da República constata os “problemas que o país atravessa”, afirmando que é preciso mudar de políticas.

“A mensagem do Presidente da República [Marcelo Rebelo de Sousa] é essencialmente uma mensagem de constatação dos problemas que o país atravessa. O senhor Presidente da República entendeu dar destaque à identificação desse elenco de problemas que afetam a vida dos portugueses”, realçou o dirigente comunista.

De acordo com o também cabeça de lista do partido às eleições para o Parlamento Europeu de junho de 2024, faltou acrescentar que “é preciso mudar de políticas que garantem o cumprimento da Constituição”.

Para João Oliveira, é preciso consagrar o aumento dos salários e das pensões, o acesso aos cuidados de saúde e o reforço do Serviço Nacional de Saúde (SNS), o acesso à habitação e a valorização da escola pública.

“É essa a política alternativa que o país precisa, que encontra na Constituição uma referência para a sua concretização (…). Estar na mão dos portugueses para criarem as condições para que ela seja concretizada, mas ter também uma responsabilidade grande da parte do Presidente da República, que jurou cumprir e fazer cumprir a Constituição”, sublinhou.

João Oliveira apontou ainda as eleições legislativas de 10 março como “um momento de clarificação e oportunidade” para os portugueses.

“As eleições não mudam tudo, mas podem criar condições para que as coisas mudem”, acrescentou.

O Presidente da República considerou esta segunda-feira que 2024 será um ano ainda mais decisivo do que 2023 e apelou à participação dos portugueses nos atos eleitorais, salientando que o país será aquilo que os votantes quiserem.

Estas posições foram transmitidas por Marcelo Rebelo de Sousa na sua tradicional mensagem de Ano Novo, numa conjuntura de crise política, com o Governo em gestão e eleições legislativas antecipadas marcadas para 10 de março.

Na sua sétima mensagem de Ano Novo – em 2021 não fez porque era recandidato nas eleições presidenciais desse ano -, transmitida em direto a partir da Sala das Bicas do Palácio de Belém, em Lisboa, o chefe de Estado fez uma alusão à demissão de António Costa das funções de primeiro-ministro no passado dia 07 de novembro.

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