Horários da rede de transportes UNIR estão a ser revistos

Horários da rede de transportes UNIR estão a ser revistos
| Porto
Porto Canal

Os horários da nova rede de transportes da Área Metropolitana do Porto (AMP), a UNIR, estão a ser revistos e adaptados às exigências do serviço, após o caos da primeira semana de operação. O aviso desta reformulação aparece no site oficial da UNIR, avisando ainda que os novos horários estão para “breve”.

São três os lotes que estão a ser repensados: o lote 2 que faz os concelhos de Gondomar, Valongo, Paredes e Santo Tirso; o lote 4, que percorre Gaia e Espinho; e o lote 5, de Santa Maria da Feira, Oliveira de Azeméis, Arouca, Vale de Cambra e São João da Madeira.

Caos na primeira semana

Há precisamente uma semana, a Área Metropolitana do Porto (AMP) passou a ter uma nova rede de transporte público rodoviário, a UNIR.

 
 
 
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Antes da entrada em funcionamento do novo serviço, multiplicaram-se as queixas dos utilizadores, sobretudo, por causa dos atrasos na divulgação dos horários.

As críticas voltaram a intensificarem nos primeiros dias de operações. Em causa, estão a falta de informação, os acessos difíceis e também a supressão de vários autocarros em algumas linhas.
O Porto Canal teve acesso a uma denúncia de um grupo de passageiros - constituído por estudantes e trabalhadores - da atual linha 3503 que liga a Póvoa de Varzim ao Porto, onde criticam a “alteração do percurso”, uma situação que acarreta “tempo à deslocação”.

Antes da entrada em funcionamento da UNIR, os utilizadores faziam o percurso pela Nacional 13, que passava pela Via Norte, Circunvalação e pelo Hospital São João.

O novo trajeto, “a partir da rotunda de Padrão de Moreira” passou a ser feito pelo interior da região, ou seja, os autocarros viajam “por uma série de localidades de Matosinhos, em direção a Montes Burgos, zona essa que é servida pelos STCP e outros operadores”, lê-se na carta dos utilizadores que foi enviada ao presidente da Câmara da Póvoa de Varzim, Aires Pereira.

 
 
 
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Algo que é incompreensível e “inútil” para o conjunto de indivíduos, visto que os veículos da UNIR não podem parar naquelas paragens de autocarro.

Com esta mudança, as viagens passaram a ter mais 1 hora, isto é, 4 horas em ambos os sentidos, tornando-se, na opinião dos passageiros, “impossível compatibilizar os horários das viagens com o horário de trabalho e com os horários das escolas e/ou creches dos nossos filhos, impedindo o apoio à família”.

A par do acréscimo no percurso, existem utilizadores que viram a sua paragem de autocarro ser extinguida: “há utentes que iam trabalhar para a zona da SONAE e agora viram subtraído o seu direito à mobilidade”, pode ler-se na denúncia.

A carta dos utilizadores termina com um pedido dirigido ao autarca da Póvoa de Varzim para que este resolva a reformulação do percurso.

 
 
 
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O AMP, Eduardo Vítor Rodrigues, admitiu esta quarta-feira à Lusa que o arranque "em pleno" da Unir, nova rede de autocarros da região, possa acontecer apenas no início do próximo ano.

Questionado sobre se o arranque tumultuoso da nova rede Unir pode ter sido uma má propaganda ao transporte público, e se conseguirá recuperar as pessoas afetadas pelas falhas, considerou que "da maneira que o serviço estava, é impossível ir para pior".

 

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