Montenegro afirma que Governo "caiu de podre" e não devido a um processo judicial e deixa críticas a Pedro Nuno
Porto Canal / Agências
O presidente do PSD defendeu que o Governo do PS “não caiu por causa de um processo” judicial, mas “caiu de podre”, e acusou os socialistas de instrumentalizarem a justiça para taparem “erros políticos”.
“Tenho evitado contribuir para degradar ainda mais as instituições democráticas e alimentar intrigas políticas. Mas se alguém vê nisso algum receio ou alguma inibição, era o que faltava, eu sou, fui sempre, um homem livre e direi sempre o que mais interesse aos portugueses”, avisou Montenegro, na abertura do 41.ª Congresso do PSD.
O presidente do PSD defendeu que o executivo de António Costa – que anunciou a demissão a 7 de novembro – “não caiu por causa de um parágrafo” no comunicado da Procuradoria-Geral da República, “nem sequer por causa de um processo”.
“O governo caiu de podre, por indecente e má figura na governação. Foram demasiadas mentiras, demasiados abusos de poder, demasiada falta de decência e transparência na vida política”, criticou, dizendo que “é sempre com o PS que o Estado se intromete nos negócios”.
E deixou um aviso: “Portugal não é, não foi e não vai ser uma República das bananas”.
Montenegro acusou ainda o PS de, nas últimas semanas, tentar instrumentalizar a justiça “para servir de álibi a erros políticos”.
“Não que não estejamos todos sob escrutínio, é assim que tem ser, mas nos sítios próprios, com regras próprias e no tempo correto. O julgamento das pessoas e instituições não se faz na comunicação social, se isso é válido para políticos também é para magistrados”, disse.
Pedro Nuno Santos é o “mais fanático defensor” do ‘gonçalvismo’
Montenegro, considerou que a geringonça foi “uma versão moderna” do ‘gonçalvismo’, que tem “o seu mais fanático defensor” em Pedro Nuno Santos, juntamente com a “Cinderela” Mariana Mortágua.
“Nem de propósito realizamos este congresso neste 25 de novembro, quando o país vai ter novamente a oportunidade de dizer não ao ‘gonçalvismo’, hoje adornado numa versão moderna que se batizou como geringonça”, afirmou.
O líder social-democrata considerou que “o seu mais fanático defensor chama-se camarada Pedro e tem uma Cinderela chamada camarada Mortágua”.
“Os princípios são os mesmos: nacionalizações, ocupação do aparelho do estado, baixos salários para todos, subsidiodependência, intolerância política, arrogância, degradação institucional e um novo desígnio socialista, bloquista e comunista, impostos máximos e serviços públicos mínimos”, elencou.
Na sua primeira intervenção perante o congresso, o presidente do PSD indicou que a data e o local desta reunião magna social-democrata “não foram indiferentes”, constituindo uma “oportunidade para lembrar aos portugueses que a liberdade nunca é um valor garantido em termos definitivos.
“A liberdade constrói-se e garante-se na base da moderação, tolerância e responsabilidade. Os extremismos, o radicalismo, a imaturidade, sejam de esquerda ou de direita subvertem a escolha livre e a plenitude dos valores democráticos”, salientou.