Ucrânia: Putin ordena elaboração de medidas de resposta a sanções ocidentais

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Porto Canal / Agências

Moscovo, 05 ago (Lusa) -- O Presidente russo, Vladimir Putin, anunciou hoje ter instruído o seu Governo para elaborar medidas de resposta às novas sanções europeias e norte-americanas impostas na semana passada à Rússia, que acusam de envolvimento no conflito no leste da Ucrânia.

"Dei essa ordem hoje", declarou Putin, citado pelas agências de imprensa russas, durante uma deslocação a Voronej, 500 quilómetros a sul de Moscovo.

"É evidente que é necessário fazê-lo de forma extremamente prudente para apoiar os produtores russos, mas sem prejudicar os consumidores", precisou.

O recurso a "instrumentos políticos de pressão sobre a economia é inaceitável, eles contrariam todas as normas e todas as regras", sublinhou o chefe de Estado russo.

Putin recordou que "o Governo russo tinha já proposto algumas medidas de resposta às chamadas sanções por parte de certos países".

"Nas atuais condições, temos de refletir bem sobre elas para proteger os interesses dos produtores russos", acrescentou.

O primeiro-ministro russo, Dmitri Medvedev, afirmou também hoje que a Rússia deve começar a refletir sobre eventuais medidas a tomar perante as sanções ocidentais.

"Precisamos de discutir respostas possíveis" a essas sanções, indicou, citado pela agência oficial Itar-Tass, durante uma reunião com o ministro dos Transportes e um alto responsável da principal companhia aérea russa, a Aeroflot.

Segundo a edição de hoje do jornal russo Vedomosti, que cita uma fonte próxima das discussões, Moscovo está a analisar a hipótese de restringir ou mesmo proibir o sobrevoo da Sibéria pelas companhias aéreas ocidentais que asseguram ligações com a Ásia, como retaliação às sanções do Ocidente.

A suspensão no domingo, devido às sanções, das atividades da Dobrolet, a filial 'low-cost' da Aeroflot que efetua as ligações entre Moscovo e Simferopol, na Crimeia, relançou o debate sobre este assunto.

Ainda não foram, por enquanto, anunciadas quaisquer medidas, tendo-se a Aeroflot escusado a emitir comentários.

Para os voos procedentes da Europa em direção à Ásia, as companhias aéreas utilizam atualmente o corredor transiberiano, o itinerário mais curto e, consequentemente, o mais económico. O montante pago por estes sobrevoos rende à Aeroflot perto de 300 milhões de dólares por ano (cerca de 225 milhões de euros), indica o Vedomosti.

ANC // JMR

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