Pombal, 01 ago (Lusa) - Onze grupos com 177 voluntários integram este ano o Programa Brigadas Autárquicas de Voluntários, que envolve ações de vigilância e prevenção de incêndios florestais no concelho de Pombal, anunciou hoje a vereadora da Agricultura e Florestas.

A Câmara Municipal de Pombal apresentou hoje o projeto em reunião de executivo.

Criados em 2004, estes grupos atuam no espaço rural, com o apoio de munícipes voluntários, entre os quais os escuteiros.

Segundo a vereadora Catarina Silva (PSD), as Brigadas Autárquicas de Voluntários estão no terreno entre 01 de julho até 30 de setembro. "Estarão em funcionamento durante a fase Charlie, mas, se as condições meteorológicas se alterarem, poderemos alterar o período", admitiu.

A autarca sublinhou que estas equipas "não fazem primeira intervenção" no combate aos fogos, pois não têm a formação necessária - o seu papel é o de "fazer rondas e a vigilância a eventuais focos de incêndio, para poderem dar o alerta o mais rápido possível".

No entanto, os voluntários, a quem foi dada formação de técnicas de vigilância e procedimentos de segurança a adotar, possuem um kit que permite apagar fogueiras.

Catarina Silva explicou que o projeto é desenvolvido em parceria com as juntas de freguesia, estando a coordenação geral sob a responsabilidade do município.

As brigadas estão afetas às juntas de freguesia de Abiúl, Almagreira, Carriço, Carnide, Meirinhas, Pelariga, Redinha, União de Freguesias S. Simão, Santiago e Albergaria dos Doze, União de Freguesias Guia, Ilha e Mata Mourisca, Vermoil e Vila Cã.

"São os presidentes de junta que elaboram os planos de vigilância e gerem a sua implementação, em colaboração com o comandante operacional municipal", referiu a autarca.

Adelino Mendes, vereador do PS (único partido da oposição na autarquia), considerou que estas equipas "são da maior importância", porque "um dos grandes problemas é o despovoamento do território e a deteção precoce dos incêndios".

Para o socialista, estas brigadas são também "importantes na ocupação do território" e na "dissuasão de fenómenos de incendiarismo".

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