EUA enviam mais munições para Israel apesar das críticas contra morte de civis
Porto Canal / Agências
Washington, 31 jul (Lusa) -- Os Estados Unidos confirmaram, na quarta-feira, o envio de mais munições para Israel, horas depois de terem condenado o ataque contra uma escola das Nações Unidas em Gaza.
O exército israelita pediu munições adicionais para reabastecer os seus arsenais a 20 de julho, disse o Pentágono. O Departamento de Defesa norte-americano aprovou a respetiva venda três dias mais tarde.
"Os Estados Unidos estão comprometidos com a segurança de Israel, e é vital para os interesses nacionais norte-americanos assistir Israel para desenvolver e manter uma forte e pronta capacidade de autodefesa", disse o porta-voz do Pentágono, contra-almirante John Kirby, em comunicado.
"Esta venda é consistente com esses objetivos", reforçou.
A decisão de fornecer munições a Israel é vista como podendo alimentar a controvérsia, numa altura em que Washington expressou preocupação sobre a morte de mais de 1.300 palestinianos, a maioria civis, desde o início da ofensiva de Israel a 08 de julho.
Kirby afirmou que o chefe do Pentágono, Chuck Hagel, disse ao seu homólogo israelita que os Estados Unidos estavam preocupados com as consequências da escalada do conflito e que apelavam ao cessar-fogo e fim das hostilidades.
Numa conversa telefónica com o ministro da Defesa israelita, Moshe Yaalon, Hagel manifestou que os "Estados Unidos continuavam preocupados com o aumento das vítimas palestinianas e perda de vidas israelitas, assim como com a deterioração da situação humanitária em Gaza"
Hagel sublinhou "a necessidade de um cessar-fogo humanitário (...) que conduza à cessação permanente das hostilidades", acrescentou o porta-voz.
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