Passos afirma que demissão de Portas foi "pessoal" e não põe em causa apoio do CDS-PP ao Governo

Passos afirma que demissão de Portas foi "pessoal" e não põe em causa apoio do CDS-PP ao Governo
| Política
Porto Canal

O primeiro-ministro disse hoje que a demissão de Paulo Portas de ministro dos Negócios Estrangeiros "não envolve o apoio do CDS-PP ao Governo" e que os partidos da maioria irão procurar "a melhor fórmula" para o garantir.

As declarações de Pedro Passos Coelho foram proferidas no Palácio de Belém, após uma reunião do Conselho Superior de Defesa Nacional e de um encontro realizado antes entre o chefe do Governo e o Presidente da República.

"Será encontrada uma forma de poder garantir o apoio político do CDS ao Governo e nessa medida garantir a estabilidade política do país", afirmou o primeiro-ministro, que referiu que essa solução será adotada "num quadro que deverá ser evidentemente aprofundado junto do doutor Paulo Portas e do próprio partido".

"A questão política do pedido de demissão do senhor ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros trata-se de uma decisão que foi tomada a título pessoal e que não envolve o apoio do CDS-PP ao Governo", começou por dizer o chefe do executivo.

Pedro Passos Coelho adiantou ter-se comprometido com "o senhor doutor Paulo Portas, que é presidente do CDS-PP, a encontrar a melhor fórmula de garantir, tão rapidamente quanto possível perante o país, a solução para esta situação".

"Da minha parte devo dizer ao país que, como primeiro-ministro, tudo farei para garantir as condições que são necessárias para que o Governo prossiga o seu trabalho em condições, como é obrigatório e patriótico, para conseguir cumprir o programa de assistência económica e financeira, garantir o regresso de Portugal a mercados, ainda de que de forma apoiada, como todos esperamos, e conseguir que os esforços e sacrifícios realizados até hoje pelos portugueses possam ser premiados", disse.

Desde a noite de quarta-feira, Pedro Passos Coelho e Paulo Portas já estiveram reunidos por três vezes para tentar ultrapassar a crise no Governo.

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