Estado da Nação. Pizarro diz que contratação de médicos estrangeiros será nos mesmos termos de 2012

Estado da Nação. Pizarro diz que contratação de médicos estrangeiros será nos mesmos termos de 2012
| País
Porto Canal/Agências

O ministro da Saúde, Manuel Pizarro, respondeu esta quinta-feira ao PSD que a contratação de médicos estrangeiros será feita "nos exatos termos" em que afirmou ter sido feita pelo governo social-democrata em 2012.

De acordo com Manuel Pizarro, a contratação de médicos estrangeiros, que tem suscitado críticas e pedidos de explicações por parte da oposição, será feita "nos mesmos exatos termos" em que, disse, foi feita pelo PSD em 2012, quando Pedro Passos Coelho era primeiro-ministro.

Manuel Pizarro respondia ao deputado social-democrata Rui Cristina, no debate parlamentar sobre o estado da nação.

Também no período de perguntas dos deputados, Manuel Pizarro assegurou que mantém "toda a confiança" na presidente do Conselho de Administração do Hospital de Santa Maria, Ana Paula Martins, depois de confrontado pela deputada do BE Isabel Pires se iria ou não manter a dirigente no cargo.

Isabel Pires acusou a presidente do Conselho de Administração do Hospital Santa Maria de ter “mentido descaradamente” ao ter justificado, no dia anterior, no parlamento, a exoneração do ex-diretor do departamento de Ginecologia e Obstetrícia com maus indicadores assistenciais.

Pizarro disse que não acompanha o tom da deputada sobre Ana Paula Martins, sublinhando "a dedicação" da dirigente ao serviço público.

Na sua intervenção na reta final do debate sobre o estado da nação, o ministro Manuel Pizarro afirmou que o Sistema Nacional de Saúde (SNS) “não vacila e não desiste” e está a viver a “maior e mais profunda” alteração orgânica em quatro décadas de existência.

“Durante anos pediram-se intervenções sistémicas e não apenas conjunturais. É o que estamos a fazer. Leva tempo? Sim, mas está a acontecer”, afirmou Manuel Pizarro, enumerando um conjunto de medidas em curso, como a reforma dos cuidados de saúde primários e da saúde mental e o alargamento da resposta da saúde oral.

O SNS, frisou, está hoje sujeito a um esforço especial e tem de responder a novas e crescentes necessidades da população.

Numa espécie de prestação de contas, depois de lembrar a resposta do SNS durante a pandemia, o ministro da Saúde referiu que desde 2015 que o Governo tem feito um "esforço assinalável" para reforçar o SNS.

Segundo o governante, há dois números que demonstram este esforço de forma “inequívoca”, o aumento do número de profissionais e do orçamento: "Nestes sete anos, o SNS tem mais 30 mil pessoas, o que representa um crescimento de 26%", especificou.

No mesmo período, acrescentou, o orçamento do SNS cresceu 56%, subindo de 7,9 para 12,3 mil milhões de euros.

“São mais do que números, o SNS tem correspondido a este esforço com um assinalável aumento da atividade", frisou.

No período de perguntas, pelo PSD, Rui Cristina criticou o “balanço da propaganda cor-de-rosa” que considerou que o ministro da Saúde fez.

O deputado do PSD perguntou o que tinha Manuel Pizarro a dizer aos portugueses que esperam anos por uma consulta ou que não têm dinheiro para pagar medicamentos.

Já João Dias, deputado do PCP, perguntou ao ministro da Saúde se tinha “noção do estado do SNS” ou da “opção deliberada de transferir para o privado os cuidados que podiam ser prestados no SNS”, considerando que a situação da maternidade do Hospital Santa Maria, em Lisboa, é um exemplo disto mesmo.

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