Estado da Nação. Ventura advertido por Santos Silva após comparar país a "casa de alterne"

Estado da Nação. Ventura advertido por Santos Silva após comparar país a "casa de alterne"
| Política
Porto Canal/Agências

O líder do Chega acusou o primeiro-ministro de querer transformar o país numa “casa de alterne”, expressão que lhe valeu uma advertência do presidente do parlamento, com António Costa a considerar que André Ventura pretende degradar a democracia.

Num primeiro pedido de esclarecimento durante o debate sobre o estado da nação, que decorre esta tarde na Assembleia da República, o presidente do Chega abordou a recente operação liderada pela Política Judiciária para pôr fim a uma alegada rede de imigração ilegal e criticou os critérios de entrada de estrangeiros no país.

André Ventura considerou que estas pessoas se aproveitaram do “registo automático, que é uma burla, é um engano, é transformar isto numa bandalheira, em que qualquer pessoa entra, se regista e depois anda pela Europa a dizer que tem um pré-contrato de trabalho”.

Na sua intervenção, o deputado disse também que Portugal é “o décimo país que pior paga da União Europeia” e considerou que este é o estado da nação a que o primeiro-ministro conduziu o país.

“Queremos fazer do país, não este país de salários baixos, mas um país que fosse a melhor casa de família da Europa. O senhor primeiro-ministro quer fazer deste país a maior casa de alterne da Europa, é isso que quer fazer de Portugal”, acusou.

Esta expressão valeu-lhe uma advertência por parte do presidente da Assembleia da República, Augusto Santos Silva, que considerou ser “absolutamente excessiva num parlamento”.

Na resposta, o primeiro-ministro classificou a intervenção de André Ventura “como a ilustração daquilo que qualificou como a degradação da democracia”.

António Costa não se referiu à questão da imigração mas, quanto às remunerações, apontou que “ninguém discute” que “Portugal é um pais que tem salários baixos”, já “nem sequer as confederações patronais”.

“E por isso nós fixámos como meta e objetivo desta legislatura chegarmos ao fim da legislatura com um peso dos salários no PIB idêntico ao da média europeia, ou seja, subir de 43% onde estávamos em 2021 para 48% no final desta legislatura”, salientou, indicando que o Governo está tem prosseguido este objetivo.

O chefe do Governo assinalou que o salário mínimo nacional e os salários da função pública tem vindo têm vindo a subir e assim vão continuar, deixando uma garantia: “Connosco não haverá corte nem congelamento de salários”.

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