Agenda para a década da candidatura de Costa é "compromisso de esperança" - coordenadora
Porto Canal / Agências
Aveiro, 26 jul (Lusa) - A "Agenda para a Década" hoje em discussão entre os apoiantes de António Costa, na sua convenção nacional, pretende ser "um compromisso de esperança para um futuro melhor", segundo a sua coordenadora.
Maria Manuel Leitão Marques, coordenadora da Agenda para a Década, discutida em Aveiro pela candidatura de António Costa às primárias do PS, disse que se trata de "uma agenda em construção" e não de um documento acabado que tudo vai resolver.
"A Agenda não será uma varinha mágica, mas pretende lançar as bases para possíveis compromissos, para um compromisso de esperança num futuro melhor. Não é apenas para uma legislatura e precisa da continuidade de políticas", afirmou.
A coordenadora da "Agenda" enumerou depois os quatro eixos do documento de base: a valorização dos recursos, quer do território, quer dos recursos humanos, um novo impulso para a Lusofonia, a modernização das empresas e do Estado, o investimento no futuro, que passará pela Educação, Ciência e Cultura, e a coesão social.
No que respeita à valorização dos recursos, colocou o ênfase na qualificação dos jovens e na sua empregabilidade, bem como na "mobilização da diáspora", prestando igualmente atenção à "geração do meio", que precisa de apoio no percurso de reconversão com que se vê confrontado, sem esquecer também a experiência dos mais velhos.
Já quanto ao território, defendeu uma visão estratégica que tire partido da diversidade territorial, com sustentabilidade ambiental e demográfica, garantindo a proximidade dos serviços aos cidadãos.
"Um novo olhar sobre o território que afaste a visão antagónica da terra e do mar e a substitua por uma interação entre a economia verde, da terra, e a economia azul, do mar", sintetizou.
No que respeita a um novo impulso à Lusofonia, Maria Manuel Leitão Marques disse ser necessário reforçar a aposta na Língua Portuguesa, mas também estabelecer novas parcerias e cuidar de aspetos como a partilha de conhecimento e de cidadania, com reconhecimento mútuo de qualificações.
A modernização das empresas, apontou, deverá passar pelo apoio à transformação de boas ideias em bons negócios, pela qualificação dos recursos, pela abertura de novos canais para as exportações e, como fator elementar, um "pacto de responsabilidade laboral" entre os diferentes intervenientes.
Quanto à modernização do Estado, esta deve ser inovador e mais eficiente, valorizar os seus trabalhadores, repensar procedimentos e preocupar-se com a qualidade dos serviços, garantindo a redução dos custos de contexto.
O futuro deverá passar pelo investimento público em áreas-chave como a Ciência, a Cultura e a Educação, áreas em que, segundo a oradora, é essencial haver maior previsibilidade e confiança no financiamento.
Quanto à "Agenda" para a coesão social, a proposta é de rejeitar o modelo dos baixos salários e de valorizar o trabalho, combater a pobreza e as desigualdades, ter presente o princípio orientador da equidade.
MSO// ATR
Lusa / Fim