Silêncio sobre remoção do amianto preocupa director da Secundária de Amares

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Porto Canal / Agências

Amares, 03 jul (Lusa) -- O diretor da Escola Secundária de Amares, Pedro Cerqueira, manifestou hoje insatisfação e apreensão pelo "silêncio" do Governo em relação à intervenção de remoção das coberturas de fibrocimento daquele estabelecimento de ensino.

"Estamos a ficar muito apreensivos por vermos que o tempo avança e não há qualquer intervenção realizada", disse aquele responsável à Lusa.

Pedro Cerqueira disse ainda que há "muita insatisfação e preocupação" por parte de pais, professores, alunos e pessoal não docente.

Garantiu que, antes das férias da Páscoa, a escola foi contactada pela Direção de Serviços da Região Norte para apresentar orçamentos para a remoção do amianto, com a indicação de que a intervenção arrancaria "muito brevemente".

O orçamento, que ascende a pouco mais de 140 mil euros, foi entregue "há dois meses", mas a partir daí não houve mais qualquer comunicação sobre o assunto.

"Estranhamos imenso este silêncio", afirmou Pedro Cerqueira.

Contactada pela Lusa, a Direção Regional de Educação do Norte disse que o assunto "está a ser devidamente enquadrado", mas escusou-se a avançar qualquer "timing" para o início da intervenção.

"As necessidades são muitas, estamos a avaliá-las e a dar o máximo de respostas, dentro das disponibilidades financeiras", acrescentou.

Segundo Pedro Cerqueira, o problema das coberturas de fibrocimento na Secundária de Amares arrasta-se desde que a escola existe", há quase 30 anos, mas foi ganhando "mais acuidade" à medida que as telhas se foram degradando.

As placas de fibrocimento contêm amianto, uma substância considerada perigosa para a saúde quando as partículas ficam expostas ao meio ambiente.

O problema principal é o pavilhão desportivo, onde os utilizadores ficam "em contacto direto" com o amianto, mas também há daquelas coberturas nos passadiços e nos blocos de salas de aula.

Os professores de Educação Física daquela escola de Amares já enviaram uma carta ao Ministério da Educação, alertando que "o facto das telhas do pavilhão polidesportivo terem mais de 25 anos e estarem degradadas potencializa a libertação de mais fibras cancerígenas para o ambiente".

Os alunos promoveram, em finais de janeiro, uma manifestação, com boicote às aulas, para exigirem a substituição da cobertura.

Os pais já admitiram proibir os filhos de fazerem Educação Física.

O secretário de Estado do Ensino e Administração Escolar, João Casanova de Almeida, anunciou em março que as coberturas de fibrocimento danificadas vão ser retiradas de 50 escolas em todo país até ao final do verão, no âmbito de um plano orçado em seis milhões de euros, custeado pelo Ministério da Educação.

As 50 escolas identificadas para uma primeira fase de intervenção foram escolhidas pelo grau de urgência, devido à degradação dos materiais.

VCP // MSP

Lusa/fim

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