MAI alerta que pôr “rótulos” nas zonas do Porto associadas ao tráfico é “nocivo” para os moradores

| Porto
Porto Canal/Agências

O ministro da Administração Interna, José Luís Carneiro, defendeu este sábado em Gondomar “não haver soluções céleres” para o problema da toxicodependência e alertou que pôr “rótulos” nas zonas do Porto associadas ao tráfico é “nocivo” para os moradores.

Em declarações à margem da inauguração do Centro Municipal de Operações de Socorro de Gondomar, o governante anunciou que na reunião agendada para segunda-feira com a Área Metropolitana do Porto e com a secretária de Estado da Administração Interna vai “apresentar aos autarcas uma versão que se aproxima do fim da estratégia integrada de segurança urbana (…) e o resultado do contributo de muitas dezenas de instituições” e que prevê “o reforço da capacidade dos contratos locais de segurança”.

Questionado sobre as conclusões da reunião de 10 de março, em que o ministro se encontrou com moradores de bairros do Porto para falarem sobre o problema do tráfico de droga na cidade, José Luís Carneiro defendeu que “para problemas complexos nunca há soluções simples nem céleres. Há soluções graduais, incrementadas que progressivamente vão introduzindo melhorias”.

“Se fosse com soluções céleres quando se demoliram os bairros, se fosse uma varinha mágica, ter-se-iam encontrado soluções. Não se encontram soluções céleres para problemas, nomeadamente, de toxicodependência que, por vezes, demoram uma geração a produzir resultados”, insistiu o governante.

Defendendo que a intervenção policial “é apenas uma parte da equação”, puxou dos números para dizer que em 2022 “houve mais 30% de operações policiais que em 2019” e que, no caso do distrito do Porto, há dados que são, apesar dessa proatividade que tem tendência em fazer elevar os indicadores da criminalidade (…), muito positivos”.

“Foram mais de 450 as detenções realizadas em 2022 nomeadamente nessa área considerada crítica da cidade do Porto [Bairros da Pasteleira e de Pinheiro Torres]. Temos que evitar criar rótulos sobre os territórios porque são muito nocivos para quem lá vive e, em vez de ajudarem a resolver os problemas, criam marcas por vezes profundas em quem lá vive e isso é o oposto do que deve ser feito em termos de inclusão e de desenvolvimento das comunidades locais”.

E prosseguiu: “temos de pensar muito bem naquilo que formulamos no espaço público. A intervenção policial e as operações policiais têm vindo a aumentar, os meios policiais na Área Metropolitana do Porto foram aumentados em outubro de 2022. Colocámos mais 180 polícias”.

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