Estaleiros: CDS-PP sublinha transparência nas decisões do actual Governo
Porto Canal / Agências
Lisboa, 1 jul (Lusa) - O CDS-PP defendeu hoje que "resulta claro" que não houve qualquer falta de transparência nas decisões do atual governo PSD/CDS-PP relativas à intenção de privatizar e depois de subconcessionar os Estaleiros Navais de Viana do Castelo.
Em declarações aos jornalistas no parlamento, o deputado do CDS-PP Abel Batista defendeu que o projeto de relatório da comissão de inquérito apresenta "conclusões objetivas" das quais resulta claro que não houve "nenhum tipo de falta de transparência na privatização e depois na subconcessão".
Abel Batista destacou que o relatório, hoje apresentado em conferência de imprensa pela deputada do PSD Ângela Guerra, demonstra uma "estrutura empresarial desajustada" com "falta de acompanhamento de projetos em termos jurídicos" e comerciais.
Para o deputado, a empresa "deixou de ter qualquer tipo de viabilidade "desde 2006" por os projetos de reestruturação recomendado não terem sido aplicados.
O deputado referiu-se às conclusões relativas ao processo do navio de transporte de passageiros "Atlântida", sublinhando que houve "uma clara intervenção política".
"Foi referido por diferentes pessoas que a resolução que determinou o fim dos contratos [acordo arbitral, entre o governo dos Açores e da República] era absolutamente incompreensível em termos de gestão, nunca seria feito", sublinhou.
O processo de subconcessão, liderado pelo atual ministro da Defesa, "foi a solução mais ajustada face a uma empresa completamente inviável por problemas financeiros, de organização e de funcionamento completamente desajustadas ao mercado atual".
O relatório recomenda que haja "menor ingerência política" e maior rigor na gestão financeira das empresas públicas, concluindo que no caso do navio `Altântida´, rejeitado pela empresa pública Atlanticoline, houve uma clara interferência política.
Por outro lado, o relatório sustenta que o atual Governo "não teve qualquer alternativa" quanto à forma de lidar com os auxílios estatais à empresa, que classifica como "ilegais", defendendo que o processo de subconcessão deu resposta à manutenção da construção e reparação naval na região.
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