Autarca critica medida economicista e precipitada que fecha nove escolas em Vila Real

| Norte
Porto Canal com Lusa

O presidente da Câmara de Vila Real, Rui Santos, criticou hoje a "medida economicista" e "precipitada" do Governo de encerrar nove escolas no concelho sem que o novo centro escolar esteja concluído.

"No distrito de Vila Real, desde 2000 já encerraram 381 escolas e a saga continua", afirmou o autarca socialista aos jornalistas.

Para o distrito transmontano, o Ministério da Educação e Ciência anunciou o fecho de nove escolas em Vila Real e mais quatro em Chaves.

"Nós temos uma posição equilibrada. Entendemos que não é justificável ter dois alunos ou três numa sala de aula, ter os primeiros quatro anos de escolaridade a serem ministrados de forma simultânea, mas entendemos também que ao encerrarem-se escolas devemos dar melhores alternativas aos estudantes", salientou Rui Santos.

Ora, "não estando o centro escolar do Douro pronto", o autarca diz que não entende "esta precipitação e esta saga que obriga a encerrar mais escolas".

Segundo Rui Santos, devia ser neste centro escolar que se deveriam concentrar as crianças provenientes das freguesias do Douro do concelho, no entanto, o empreiteiro que estava a construir o empreendimento faliu e decorre agora o processo de resgate da obra, seguindo-se depois o lançamento de um novo concurso público.

Segundo o presidente, ali ainda faltam investir entre cerca de "400 a 500 mil euros", pelo que não vai abrir no próximo ano letivo.

Previsto na Carta Educativa do anterior executivo, liderado pelo PSD, o centro vai contar com 12 salas de 1.º ciclo e três do ensino pré-escolar.

Sem esta obra concluída, os alunos serão agrupados por proximidade. Os alunos de Abaças terão de se deslocar para Guiães e os de Agarez para Vila Marim, por exemplo.

De acordo com o responsável, com o fecho anunciado pelo Ministério, serão deslocadas à volta de cem crianças.

"Esta é uma medida economicista. O Estado central poupa porque passa a contratar menos professores, mas as autarquias locais passam a pagar ainda mais os transportes das crianças e a sua alimentação", afirmou Rui Santos.

No concelho de Vila Real, o custo dos transportes escolares ronda os 800 mil euros por ano e desse valor só 200 mil é que são comparticipados pelo Ministério da Educação, sendo os restantes 600 mil euros pagos pelo município.

O Ministério da Educação e Ciência anunciou no sábado que vai fechar 311 escolas do 1.º ciclo do Ensino Básico e integrá-las em centros escolares ou outros estabelecimentos de ensino, no âmbito do processo de reorganização da rede escolar.

"O novo ano letivo terá início em infraestruturas com recursos que oferecem melhores condições para o sucesso escolar. [Os alunos] estarão integrados em turmas compostas por colegas da mesma idade, terão acesso a recursos mais variados, como bibliotecas e recintos apropriados a atividades físicas e participação em ofertas de escola mais diversificadas", referiu a tutela em comunicado.

Segundo a nota, a Secretaria de Estado do Ensino e Administração Escolar concluiu na sexta-feira mais uma fase da reorganização da rede escolar, "processo iniciado há cerca de 10 anos e continuado por este Governo desde o ano letivo de 2011/2012, com bom senso e um olhar particular relativamente às características de contexto".

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