Beto admite que derrota deixou marcas

Beto admite que derrota deixou marcas
| Mundial 2014
Porto Canal / Agências

O guarda-redes Beto admitiu hoje que a derrota com a Alemanha deixou marcas na seleção portuguesa de futebol, garantindo estar preparado para ser titular frente aos Estados Unidos no segundo jogo do Mundial2014.

"Dependemos exclusivamente de nós, foi uma derrota complicada pesada, que deixa marcas. Dessa derrota, temos de ser humildes e retirar as coisas que não correram bem. Mas houve coisas boas e temos de nos agarrar a essas e preparar com confiança o jogo com os Estados Unidos", afirmou.

Em conferência de imprensa, a quatro dias da segunda jornada do Mundial2014, frente aos Estados Unidos, em Manaus, Beto assumiu que uma derrota por 4-0 na fase final de uma grande competição "deixa marcas em qualquer equipa", ainda mais na estreia.

"Não envergonhámos ninguém. Nem tudo o que fizemos saiu bem. Ninguém pode apontar à seleção não ter dado tudo. Houve condicionalismos. Houve quem não nos deixasse crescer. É uma derrota que deixa marcas, mas a equipa continua a ser a mesma. Não foi o melhor jogo, não estamos orgulhosos, mas a seleção quis fazer as coisas bem. Faltam 180 minutos e dependemos de nós", referiu.

Beto assumiu que o árbitro não pode servir de desculpa para a derrota, embora diga que houve "um penalti que só o árbitro viu, expulsão [de Pepe] que só o árbitro viu", tendo influenciado o rendimento, o resultado e a manobra da equipa.

Para o guarda-redes, "perder quatro jogadores num só jogo, deixa marcas em qualquer equipa", mas considera que, "às vezes, das fraquezas se fazem forças", dizendo acreditar "muito na união deste grupo, no espírito que sempre levou esta seleção a conquistar algo de bom".

"Desde 2000 que estamos em todas as competições, porque temos um coração e uma alma muito grande. Agora mais do que nunca a equipa tem de estar unida", pediu Beto, que garantiu ainda que a equipa tem grande vontade de "dignificar o escudo que tem ao peito" e que vai dar tudo "até à última gota de suor".

Com a lesão de Rui Patrício, que não joga mais até ao final da fase de grupos, Beto tem possibilidades de assumir a titularidade, naquela que considera ter sido a melhor época da sua carreira.

"Primeiro do que tudo, [quero] lembrar que se abriu uma vaga por infelicidade do Rui. Realço o esforço que o Rui fez depois durante 20, 25 minutos, de ter sentido a dor na perna, quis continuar, dar o contributo à equipa. Isso tem de se valorizar. Mister é que decide. O meu papel é mostrar que sou uma opção válida. Tanto eu como ele somos opções", disse.

As internacionalizações de Beto foram todas em jogos particulares, mas o guarda-redes garante estar preparado mentalmente para jogar.

"Uma fase final de um Mundial exerce uma carga maior. Mas a experiência vai dando soluções para conseguirmos gerir essa carga emocional. Tanto eu como o Eduardo somos guarda-redes com muitos anos de seleção, não acredito que seja um problema nunca ter jogado em encontros oficiais. Sei que carga emocional é maior, mas sei gerir isso", afiançou.

Questionado sobre se é o melhor guarda-redes português da atualidade, Beto diz que é um dos três, por isso é que foi escolhido pelo selecionador, garantindo que está preparado e quer jogar, "como sempre quis".

Garantindo que está satisfeito com as condições em que Portugal tem trabalhado, Beto diz que o clima é igual para todas as equipas e que não é por a seleção portuguesa estar a treinar num local menos quente e com menos humidade que os resultados serão piores.

Sobre Cristiano Ronaldo, Beto disse que o capitão não saiu mais cedo do treino e que "está a cem por cento".

"Em relação ao Cristiano, ele está perfeitamente focado e concentrado no que tem de fazer, a seleção tem de fazer e nos objetivos da equipa. Está em perfeitas condições, comprometido com grupo. Em relação ao que se escreve, passa ao lado do que dizem em relação a ele", disse.

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