Primeiro-ministro atualiza já pensões e vencimentos da função pública e sobe salário mínimo

| Política
Porto Canal com Lusa

Lisboa, 08 nov 2021 (Lusa) -- O primeiro-ministro afirmou hoje que o atual Governo pode aumentar o salário mínimo, atualizar as pensões e os vencimentos dos funcionários públicos, mas remeteu o aumento extraordinário das pensões para o novo executivo saído das eleições.

 Estas posições foram transmitidas por António Costa em entrevista à RTP, depois de questionado sobre os limites de ação do seu Governo, depois do chumbo do Orçamento do Estado para 2022 e da dissolução do parlamento.

O líder do executivo disse que o seu Governo apresentou na concertação social uma proposta para aumentar o salário mínimo para 705 euros em 2022, mas frisou que esse aumento não depende de um acordo entre os parceiros sociais.

Em relação à atualização dos salários dos funcionários públicos para 2022, que o Governo apontou para 0,9% no próximo ano, António Costa também advogou que o seu executivo pode avançar já.

"O que nós não faremos, porque não devemos fazer, é tudo aquilo que tem natureza extraordinária", disse, numa alusão à proposta que esteve em cima da mesa nas negociações do Orçamento, com o PCP, no sentido de se proceder a um aumento extraordinário de 10 euros de todas as pensões até aos 997 euros.

"Há uma atualização dos salários da função pública, com um aumento normal das pensões. O aumento extraordinário não, porque é precisamente extraordinário", justificou.

Segundo António Costa, com a Assembleia da República dissolvida, "o Governo obviamente tem uma legitimidade limitada".

"Havendo convocação de eleições, os portugueses vão ser livres de escolher a continuação deste Governo ou de outro Governo. Todos esses compromissos que nós assumimos constarão do meu programa eleitoral com o compromisso de serem aplicados retroativamente ao dia 01 de janeiro", frisou.

Se vencer as eleições legislativas, António Costa prometeu que cumprirá essas medidas "retroativamente a dia 01 de janeiro".

"Vamos fazer tudo o que é normal fazer: Subida do salário mínimo, atualização dos salários [da função pública], atualização das pensões. Quanto aos outros compromissos, como a atualização extraordinária das pensões, a redução do IRS, a criação das novas prestações sociais, designadamente do combate à pobreza infantil, todas essas medidas extraordinárias ou novas medidas, incluiremos no programa eleitoral com o compromisso de as aplicarmos retroativamente ao dia 01 de janeiro", frisou o líder do PS

 

PMF // JPS

 

Lusa/Fim

+ notícias: Política

PSD: Montenegro eleito novo presidente com 73% dos votos

O social-democrata Luís Montenegro foi hoje eleito 19.º presidente do PSD com 73% dos votos, vencendo as eleições diretas a Jorge Moreira de Silva, que alcançou apenas 27%, segundo os resultados provisórios anunciados pelo partido.

Governo e PS reúnem-se em breve sobre medidas de crescimento económico

Lisboa, 06 mai (Lusa) - O porta-voz do PS afirmou hoje que haverá em breve uma reunião com o Governo sobre medidas para o crescimento, mas frisou desde já que os socialistas votarão contra o novo "imposto sobre os pensionistas".

Austeridade: programa de rescisões poderá conter medida inconstitucional - jurista

Redação, 06 mai (Lusa) - O especialista em direito laboral Tiago Cortes disse hoje à Lusa que a constitucionalidade da medida que prevê a proibição do trabalhador do Estado que rescinde por mútuo acordo voltar a trabalhar na função Pública poderá estar em causa.