Oposição planeia novos protestos contra golpe militar na Tailândia
Porto Canal
Os opositores ao golpe de Estado na Tailândia planeiam realizar novos protestos contra a junta militar em Banguecoque, desafiando a proibição e a presença de soldados armados nas ruas.
Os ativistas pretendem realizar uma concentração pacífica no distrito de Ratchaprasong, onde se situam inúmeros centros comerciais, hotéis e lojas de luxo na capital, para exigir a 'devolução' da democracia, disse um dos organizadores à agência Efe.
Os militares mantêm detidos dezenas de intelectuais e antigos líderes políticos, incluindo a ex-primeira-ministra Yingluck Shinawatra, os quais, segundo a lei marcial, podem continuar retidos até sete dias sem que haja acusação.
O Conselho Nacional para a Paz e Ordem, nome oficial da junta militar, derrogou a Constituição e criou um novo Governo formado por generais, o qual pretende levar a cabo reformas políticas e económicas, embora, até ao momento, não tenha definido um prazo para 'devolver' o poder a um Governo civil.
Segundo o chefe do Exército e autoproclamado primeiro-ministro, Prayuth Chan-ocha, o golpe de Estado visa evitar uma escalada de violência entre os manifestantes pró e antigovernamentais que estavam concentrados em diversos pontos da cidade.
O golpe de Estado foi condenado por grande parte da comunidade internacional, incluindo pelos Estados Unidos, que cancelaram um exercício militar bilateral, as visitas de responsáveis que estavam previstas e a ajuda em matéria de defesa à Tailândia.