Exército volta a reunir Governo e partidos para negociar saída da crise na Tailândia
Porto Canal / Agências
Banguecoque, 22 mai (Lusa) -- O chefe do exército tailandês, general Prayuth Chan-ocha, vai voltar a reunir-se hoje com os representantes do Governo, instituições, partidos políticos e manifestantes para negociar uma saída da atual crise política.
A reunião terá lugar nas mesmas instalações militares onde na quarta-feira decorreu um primeiro encontro que terminou sem acordo, e em que Prayuth Chan-ocha pediu aos participantes que regressassem hoje com propostas para conciliar posições.
Os manifestantes antigovernamentais pedem a nomeação de um primeiro-ministro neutro para liderar uma reforma do sistema político que consideram corrupto e ao serviço do ex-primeiro-ministro Thakisn Shinawatra.
Os opositores, que contam com o apoio da elite burocrática e monárquica de Banguecoque, exigem estas reformas antes de convocarem eleições em que previsivelmente voltariam a ganhar os apoiantes de Thaksin, apoiado pela população rural do norte do país e pelas classes mais desfavorecidas da capital.
O Governo interino e seus partidários rejeitam qualquer solução que envolva uma suspensão do processo democrático e defendem a resolução da crise nas urnas.
O primeiro-ministro interino, Niwatthamrong Bonsongpaisan, que hoje não participará na reunião, propôs a realização de eleições a 03 de agosto, apesar das reticências da Comissão Eleitoral.
O exército assumiu o papel de mediador na terça-feira depois de ter imposto a lei marcial em todo o país, para evitar um surto de violência depois de quase sete meses de protestos contra o Governo, que causaram 28 mortes e centenas de feridos.
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