Rangel dispõe-se a tentar diálogo sobre educação especial

| Política
Porto Canal / Agências

Fafe, 10 mai (Lusa) - A candidatura da coligação PSD/CDS-PP às eleições europeias deparou-se hoje, em Fafe, com um protesto contra a situação da educação especial e, em conversa com manifestantes, Paulo Rangel dispôs-se a tentar promover o diálogo sobre este assunto.

"Nós, como temos realmente alguns canais de comunicação, vamos usá-los para transmitir a vossa preocupação, sem dúvida, aliás, por isso é que quisemos vir aqui conversar", declarou o cabeça de lista da coligação Aliança Portugal, com o candidato centrista Nuno Melo ao seu lado, depois de receber queixas de técnicos deste setor de que o Governo não os ouve. "Nós a ver se fazemos aqui alguns bons ofícios no sentido de haver diálogo", reforçou o social-democrata.

Paulo Rangel, assim como Nuno Melo, referiu que desconhecia a atual situação do apoio a alunos com necessidades educativas especiais e considerou que "foi muito útil esta conversa" realizada à beira de uma estrada, num cruzamento para uma quinta onde a coligação PSD/CDS-PP tem hoje um almoço de campanha.

"Se as pessoas conversarem, talvez se possa chegar a um entendimento. Nós vamos usar os nossos bons ofícios para chamar à atenção para este problema. Acho que é um problema sensível, ao qual temos de estar atentos. Depois logo se verá como é que as coisas se encaminham", acrescentou Paulo Rangel.

Os manifestantes que esperavam a caravana da Aliança Portugal, adultos e crianças, seguravam faixas e cartazes contra o Governo com frases como "Gritamos contra a hipocrisia de políticas mentirosas. Rua! Basta!". Inicialmente, houve vaias aos candidatos, que cessaram quando estes se aproximaram.

Henrique Matos, psicólogo e representante da Associação de Pais e Amigos de Crianças e Jovens com Necessidades de Apoio Especializado, que foi um dos manifestantes que conversou com Paulo Rangel e Nuno Melo, disse à Lusa que estavam ali presentes psicólogos, terapeutas da fala, terapeutas ocupacionais e pais.

Os técnicos contestaram a atuação do Governo PSD/CDS-PP em relação à educação especial, afirmaram haver apoios que deixaram de ser concedidos por decisão administrativa e não médica, alertaram para as consequências que a interrupção destes cuidados tem no desenvolvimento das crianças, e relataram que as suas clínicas privadas continuam a prestar serviços a pedido das escolas, sem serem pagas.

Queixaram-se de não serem ouvidos pela tutela do ministro da Solidariedade, Emprego e Segurança Social, Pedro Mota Soares e criticaram as declarações que o secretário de Estado Agostinho Branquinho tem feito sobre este assunto.

IEL // SMA

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