PCP de Bragança quer travar encerramento de mais escolas

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Porto Canal / Agências

Bragança, 09 jun (Lusa) -- A Direção Regional de Bragança do PCP manifestou-se hoje contra ao encerramento de mais escolas na região e apela à população para que ajude a travar a intenção do Governo de fechar estabelecimentos com menos de 21 alunos.

Os comunistas de Bragança consideram que "nenhuma escola deve encerrar sem o acordo dos pais, dos órgãos autárquicos e dos representantes dos profissionais de educação" e, como tal, apelam "à indignação dos pais e da população em geral", defendendo que a união "em defesa das escolas pode travar este processo".

"O encerramento de escolas, tal como os cortes nos salários e pensões ou os aumentos de imposto, são uma opção política dos governos que não querem cortar nas PPP, nos 'swap' e nos benefícios fiscais que dão à banca e aos grupos económicos", apontam, em comunicado.

O Governo deu orientações, em abril, para fechar escolas com menos de 21 alunos e jardins-de-infância com menos de 20 crianças, no próximo ano letivo.

A medida mereceu a contestação imediata das nove autarquias da Comunidade Intermunicipal (CIM) de Trás-os-Montes, que se opõem ao encerramento de mais escolas numa região onde nos últimos anos fecharam mais de 300 estabelecimentos de ensino.

O ministro da Educação, Nuno Crato, afirmou, naquela ocasião, que o encerramento de escolas com menos de 21 alunos "não é assunto novo", considerando que o fecho "é normal, já estava previsto há bastante tempo" e que a esmagadora maioria dos estabelecimentos em causa continuam abertos com uma autorização de funcionamento extraordinária.

O número concreto de escolas que podem encerrar no Distrito de Bragança ainda não é conhecido. O PCP adianta que em causa estão escolas dos concelhos de Bragança, Macedo de Cavaleiros, Miranda do Douro, Vila Flor, Vinhais e Mirandela.

O PCP argumenta ainda que "o encerramento de escolas que o Governo quer impor, não é desligado da política de ataque aos serviços públicos que tem levado ao encerramento de outros serviços de proximidade" como Estações dos CTT, Serviços de Saúde, Balcões das Finanças, etc.

"Sempre que encerram escolas públicas, aumentam os licenciamentos para a abertura de escolas (colégios) privados, financiados pelo estado", acrescenta o comunicado.

A direção regional comunista classifica ainda de "falso o argumento do Governo" para "tentar que os portugueses acreditem que o encerramento de escolas é motivado por critérios pedagógicos" e acusa autarcas e dirigentes políticos locais de "submissão e obediência" ao executivo.

"Dizem-se defensores de Trás-os-Montes, mas apoiam, e às vezes integram, governos que executam políticas contra os transmontanos", concretizam.

HFI // JGJ

Lusa/fim

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