Passos diz que há "quase tudo para fazer" porque missão não era apenas saída da troika

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Porto Canal

O primeiro-ministro considerou terça-feira que, apesar da primeira missão do Governo estar cumprida com a saída da 'troika', há "quase tudo para fazer "porque os portugueses deram um mandato ao executivo para "mudar e reformar" Portugal.

Pedro Passos Coelho, enquanto presidente do PSD, discursava na cerimónia do 40.º aniversário do partido, que decorreu terça-feira à noite no Porto, onde defendeu que os portugueses não escolheram este Governo "apenas para fechar este resgate, para limpar a confusão, para pôr as coisas como elas devem ser", mas sim "para mudar Portugal, para reformar Portugal".

"Quando há três anos assumi funções como primeiro-ministro em Portugal, sem dúvida nenhuma os portugueses esperavam que nós, pelo menos, cumpríssemos o nosso programa de assistência económica e financeira e o pudéssemos encerrar nas condições em que encerrámos. Essa primeira missão está cumprida. Não defraudámos ninguém", sublinhou.

Na opinião do primeiro-ministro, agora que Portugal conseguiu "fechar esta emergência" e reunir um conjunto de condições favoráveis, há "quase tudo para fazer", porque a missão do Governo não "era só agradecer à 'troika' e fechar o programa".

"A nossa grande missão é poder oferecer aos portuguese - como Sá Carneiro dizia - uma verdadeira democracia política, económica, social e cultural e acreditem que há muito para fazer ainda para dar a Portugal e a todos os portugueses uma igualdade de oportunidades maior do que eles têm hoje", concretizou.

O líder social-democrata afirmou que os portugueses "hoje sabem que não foi o PSD que trouxe o resgate para Portugal", mas sim "quem tirou Portugal desse resgate" e que resgatou a autonomia e a liberdade de decisão de Portugal.

Passos Coelho recordou ainda que, há três anos, quando o país pediu assistência, não tinha reservas financeiras nem para um mês e que agora tem para um ano, reiterando que Portugal não esteve à beira da bancarrota por nenhuma decisão do PSD nem por falta do seu apoio então, enquanto partido da oposição.

"O Estado social tem que se salvaguardar com responsabilidade e são justamente aqueles que, como no passado, que mais falavam de abril e que mais falam do Estado social, aqueles que mais puseram em causa o Estado social em Portugal. E fomos nós, ao longo destes anos, que mais defendemos o Estado social", disse, numa crítica implícita aos socialistas.

Garantindo que o partido não vai "falhar" a missão com que se comprometeu, o líder do PSD afirmou que "foi realmente por escolha dos portugueses e dos sociais-democratas" que foi possível "ultrapassar a maior crise de que há memória em Portugal desde o 25 de abril" de 1974.

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