Óbito/Eduardo Lourenço: Morte de "pensador excecional" é "perda imensa" - Universidade de Évora

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Porto Canal com Lusa

Évora, 01 dez 2020 (Lusa) - A reitora da Universidade de Évora (UÉ) recordou hoje Eduardo Lourenço como "um pensador excecional" e lamentou a morte do filósofo e ensaísta, considerando-a "uma perda imensa" para Portugal.

"Sentimos [UÉ] a perda de um homem que foi um pensador excecional, mas, principalmente, é uma perda imensa para o país", disse Ana Costa Freitas, frisando que Eduardo Lourenço "vai fazer muito falta".

Segundo a reitora, Eduardo Lourenço, que em 2001 recebeu o Prémio Literário Vergílio Ferreira, atribuído pela UÉ, e depois foi júri do prémio, "era uma pessoa fascinante, com uma lucidez e uma claridade de pensamento excecionais".

"Era um prazer falar com ele sobre quase tudo", disse, frisando que Eduardo Lourenço "só falava do que sabia, mas sabia de quase tudo e falava sempre com uma ponderação excecional".

"Percebia-se que se tinha informado e que tinha refletido sobre as coisas e nada lhe saía sem ser pensado, sem ser ponderado e sem ser quase estudado", sublinhou Ana Costa Freitas.

O ensaísta Eduardo Lourenço, que era conselheiro de Estado, morreu hoje, em Lisboa, aos 97 anos.

Professor, filósofo, escritor, crítico literário, ensaísta, interventor cívico, várias vezes galardoado e distinguido, Eduardo Lourenço foi um dos pensadores mais proeminentes da cultura portuguesa.

Eduardo Lourenço Faria nasceu em 23 de maio de 1923, em S. Pedro do Rio Seco, no concelho de Almeida, no distrito da Guarda, na Beira Alta.

Licenciou-se em Ciências Histórico-Filosóficas, em 1946, na Universidade de Coimbra, onde iniciou o seu percurso, como assistente e como autor, com a publicação de "Heterodoxia" (1949).

Seguiram-se as funções de Leitor de Cultura Portuguesa, nas universidades de Hamburgo e Heidelberg, em Montpellier e no Brasil, até se fixar na cidade francesa de Vence, em 1965, com atividade pedagógica nas principais universidades francesas.

Foi conselheiro cultural da Embaixada Portuguesa em Roma e, em 1999, passou a administrador não executivo da Fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa, que tem em curso a publicação da sua obra integral.

Autor de mais de 40 títulos, Eduardo Lourenço possuiu desde sempre "um olhar inquietante sobre a realidade", como destacaram os seus pares.

"O Labirinto da Saudade", "Fernando, Rei da Nossa Baviera" são algumas das suas principas obras.

Entre outras distinções, Eduardo Lourenço recebeu o Prémio Camões (1996) e o Prémio Pessoa (2011) e as insígnias de Grande Oficial e a Grã-Cruz da Ordem Militar de Sant'Iago da Espada, a Grã-Cruz da Ordem do Infante D. Henrique e a Grã-Cruz da Ordem da Liberdade.

Era Oficial da Ordem Nacional do Mérito, Cavaleiro da Ordem das Artes e das Letras e da Legião de Honra de França.

LL // MAG

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