Tarouca, 30 abr (Lusa) - A envolvente do Mosteiro de Santa Maria de Salzedas, no concelho de Tarouca, foi hoje classificada como zona especial de proteção, trazendo "muitas vantagens mas também alguns constrangimentos", considerou o autarca Valdemar Pereira.

Em declarações à agência Lusa, o presidente da Câmara de Tarouca, Valdemar Pereira, sublinhou que esta classificação da envolvente do Mosteiro de Santa Maria de Salzeda, no distrito de Viseu, é muito importante para o concelho, já que vem proteger o que rodeia este monumento nacional.

"Não só vem preservar o perímetro do Mosteiro, salvaguardando toda a sua paisagem cultural, como vai também servir para atrair mais visitantes, que vão querer ver porque é que se recebeu a classificação de zona especial de proteção", sustentou.

Uma portaria do Governo, publicada hoje em Diário da República, atribuiu à zona envolvente do Mosteiro de Santa Maria de Salzedas, um mosteiro da Ordem de Cister do século XII, a classificação de zona especial de proteção.

No entender do autarca de Tarouca, o maior ganho do município com esta classificação vai refletir-se em termos turísticos.

No entanto, "também há desvantagens".

"O maior constrangimento deste processo vai atingir os munícipes que tenham terrenos neste perímetro. Esta classificação não os abona, pois vão ficar condicionados ao parecer de várias instituições se pretenderem reabilitar algum edifício ou até construir", alegou.

Erigido no século XII, por ordem de D. Teresa Afonso, esposa de Egas Moniz, o Mosteiro de Santa Maria de Salzedas, a par do Mosteiro de São João de Tarouca, é um dos mais emblemáticos monumentos ligados à Ordem de Cister em Portugal, anterior ao Mosteiro de Alcobaça.

Entre agosto de 2010 e agosto de 2011, o Mosteiro de Salzedas foi alvo de uma intervenção de requalificação, que incidiu na recuperação do edificado, abrindo oficialmente ao público a 26 de outubro de 2011.

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