Covid-19: Lula acusa Bolsonaro de transformar pandemia em arma de destruição

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Porto Canal com Lusa

Brasília, 07 set 2020 (Lusa) - O ex-Presidente brasileiro Lula da Silva acusou hoje o chefe de Estado, Jair Bolsonaro, de transformar a pandemia do novo coronavírus numa "arma de destruição maciça" no Brasil, que está "a atravessar um dos piores períodos da sua história".

"Teria sido possível, sim, evitar tantas mortes", disse o antigo Presidente brasileiro (2003-2010) num vídeo publicado nas redes sociais.

O Brasil é o terceiro país do mundo mais afetado pela pandemia, atrás dos Estados Unidos e da Índia, em número de casos (4,1 milhões de casos confirmados), mas o segundo em termos de mortes (quase 130.000 óbitos).

"Ficámos com um Governo para o qual a vida não tem valor e que trivializa a morte. Um Governo insensível, irresponsável e incompetente que não respeitou as recomendações da Organização Mundial de Saúde (OMS) e está a transformar o coronavírus numa arma de destruição maciça", disse Lula.

O Presidente Bolsonaro tem repetidamente minimizado a pandemia, chamando-lhe de uma "gripe menor" e apelando à retoma das atividades económicas, em vez da imposição de medidas de contenção, que descreveu como "pior do que a doença".

Apela a um "regresso ao normal" e continua a apertar a mão aos seus apoiantes, sem usar máscara, como fez hoje, numa cerimónia que assinalou o aniversário da independência do Brasil.

Lula também criticou o Governo por ter nomeado "soldados sem experiência médica ou de saúde" para chefiar o Ministério da Saúde, que foi entregue ao general Eduardo Pazuello após a demissão de dois ministros, no auge da pandemia.

"As eleições de 2018 mergulharam o Brasil num pesadelo que parece não ter fim. O país está a atravessar um dos piores períodos da sua história", disse Lula.

"Como nos filmes de terror, as oligarquias brasileiras deram à luz um monstro que já não podem controlar, mas que continuarão a apoiar enquanto os seus interesses forem servidos", disse.

Lula, 74 anos, que conta com o apoio de uma parte da população, aguarda o resultado de um recurso contra a sua sentença de 09 anos de prisão por corrupção, que cumpriu parcialmente entre abril de 2018 e novembro de 2019.

SMM // JH

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