Nuno Melo (CDS-PP) defende que Portugal terá "saída limpa" com ou sem cautelar
Porto Canal / Agências
Lisboa, 08 abr (Lusa) - O vice-presidente do CDS-PP e candidato às eleições europeias Nuno Melo defendeu hoje que Portugal terá uma "saída limpa" do atual resgate com ou sem programa cautelar, porque acabará a intervenção externa que "humilha" o país.
Em declarações aos jornalistas, na residência oficial de São Bento, em Lisboa, onde uma delegação do CDS-PP foi recebida pelo primeiro-ministro a propósito da conclusão do programa de resgate a Portugal, Nuno Melo nada mais disse sobre este assunto, a não ser que, "a seu tempo, o Governo decidirá".
"Hoje, o que está em cima da mesa é a opção por uma de duas saídas limpas: uma saída limpa à irlandesa ou uma saída limpa assente numa linha de crédito. Qualquer delas significará o fim deste período de intervenção externa que nos humilha", sustentou o número quatro da lista PSD/CDS-PP às eleições europeias de 25 de maio.
"Certamente que, a seu tempo, o Governo decidirá, entre estas, qual a melhor opção para Portugal", acrescentou.
Nuno Melo estava acompanhado pelo líder parlamentar do CDS-PP, Nuno Magalhães, pela deputada e vogal da Comissão Executiva do CDS-PP Cecília Meireles, e pela segunda candidata indicada pelos centristas às eleições europeias Ana Clara Birrento, oitava da lista conjunta com o PSD.
Antes, o eurodeputado centrista referiu que um novo resgate chegou a ser apontado como "inevitável" e que o PS acusou o primeiro-ministro de o estar a negociar nas costas dos portugueses.
"Estamos em vésperas de viver o fim da 'troika'", afirmou Nuno Melo, considerando que isso é "motivo de orgulho para os portugueses enquanto povo e para Portugal enquanto nação".
Quanto ao debate público sobre a eventual subida do salário mínimo nacional, Nuno Melo alegou que o executivo PSD/CDS-PP estava "contratualmente impedido de o fazer" pelo programa de resgate "que o PS negociou e subscreveu".
A eventual subida do salário mínimo terá de estar "necessariamente assente nas circunstâncias da economia, mas depois de um período de resgate, e quando a governação deixa de estar contratualmente condicionada, ou melhor, impedida", acrescentou, escusando-se a prestar mais declarações sobre este tema.
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