ONU pede às Filipinas que acabem com violência associada à "guerra às drogas"

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Porto Canal com Lusa

Genebra, Suíça, 04 jun 2020 (Lusa) - O Escritório do Alto Comissário das Nações Unidas para os Direitos Humanos (ACNUDH) apelou hoje ao Governo das Filipinas para acabar com a violência associada à "guerra às drogas" e com grupos paramilitares privados apoiados pelo Estado.

Num novo relatório, o ACNUDH registou preocupações sobre a violência apoiada pelo Estado nas Filipinas sob a presidência de Rodrigo Duterte e condenada internacionalmente, que se tem traduzido numa repressão mortal, tanto sobre traficantes como consumidores de drogas.

"Um foco pesado no combate às ameaças à segurança nacional e às drogas ilegais resultou em graves violações dos direitos humanos nas Filipinas, incluindo assassínios e detenções arbitrárias, bem como a vilificação de dissidentes", pode ler-se num resumo do relatório.

No mesmo documento salienta-se que muitas das preocupações com direitos humanos se "tornaram mais graves nos últimos anos".

O relatório, solicitado pelo Conselho de Direitos Humanos da ONU, baseia-se em quase 900 submissões, além de informações do Governo, registos judiciais e policiais e entrevistas com vítimas e testemunhas.

No relatório assinala-se que dados oficiais documentaram que mais de 8.663 pessoas foram mortas desde o início da campanha do Governo contra as drogas ilegais, há quatro anos, "com algumas estimativas a colocarem o balanço real em mais do que o triplo desse número".

As autoridades policiais falam em 5.600 vítimas mortais no âmbito do que apelidam uma "guerra às drogas".

No relatório também se apontam homicídios e ameaças contra defensores de direitos humanos, bem como processos movidos contra jornalistas.

JMC // PTA

Lusa/Fim

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