Covid-19: Ovar diz sentir "muito pouco apoio" de Segurança Social e Ministério da Saúde

Covid-19: Ovar diz sentir "muito pouco apoio" de Segurança Social e Ministério da Saúde
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Porto Canal com Lusa

O presidente da Câmara de Ovar, município atualmente em estado de calamidade pública devido à pandemia Covid-19 e sujeito a cerco sanitário, disse este sábado sentir "muito pouco apoio" por parte do Instituto da Segurança Social e do Ministério da Saúde.

As declarações desse autarca do distrito de Aveiro prendem-se com a montagem esta tarde de novas acomodações para os idosos à guarda do lar da Santa Casa da Misericórdia de Ovar, onde sexta-feira se deu uma morte provocada pelo novo coronavírus.

Atendendo a que nesse equipamento social residem e trabalham cerca de 100 pessoas, essa mesma comunidade foi hoje sujeita aos testes de diagnóstico no Hospital de Ovar e, no regresso à Misericórdia, encontrará o refeitório transformado numa nova ala para dormidas.

"Preparámos aqui um espaço novo para, de imediato, podermos separar os utentes sintomáticos daqueles que não apresentam sintomas nenhuns", revela Salvador Malheiro.

O autarca acrescenta, contudo, que os profissionais e voluntários envolvidos na reorganização se sentiram "sozinhos" nesse esforço: "Sentimo-nos sós, com muito pouco apoio por parte da Segurança Social e muito pouco apoio do Ministério da Saúde".

As operações foram conduzidas por agentes da PSP e GNR, bombeiros e funcionários da Câmara, no que Salvador Malheiro considera "uma enorme prova de entreajuda e solidariedade entre todos aqueles que estão em Ovar a dar o máximo de si".

É essa mesma equipa que, ainda segundo Salvador Malheiro, está agora "a preparar, em contínuo, autênticos hospitais de campanha para fazer face à enorme catástrofe que assola o município".

O território de Ovar envolve cerca de 148 quilómetros quadrados e 55.400 habitantes. Esta sexta-feira contabilizava já 5 óbitos e 148 cidadãos infetados por Covid-19.

O novo coronavírus, responsável pela pandemia de Covid-19, foi detetado pela primeira vez na China em dezembro de 2019 e já infetou entretanto cerca de 600.000 pessoas em todo o mundo, das quais quase 28.000 morreram.

O continente europeu, com mais de 337.000 infetados e de 20.000 mortos, é aquele onde atualmente a surgir o maior número de diagnósticos positivos. Itália é o país com mais vítimas mortais em todo o mundo, registando 9.134 óbitos entre 86.498 casos, e segue-se Espanha, com 5.690 mortos em 72.248 casos de infeção.

Outros territórios com contágio elevado são: o Irão, com 35.408 casos de Covid-19 e 2.517 mortes reportadas; a França, com 32.964 infetados e 1.995 óbitos, e os Estados Unidos, que são desde quinta-feira o país com maior número de contaminados, contabilizando mais de 104.000 e ainda 1.711 vítimas mortais.

Já o continente africano, contabiliza 117 mortes entre 3.900 infetados, dispersos por 46 países.

Em Portugal, os primeiros casos foram identificados a 02 de março e o país regista hoje 100 mortes e 5.170 infeções no país, sendo que, desses doentes, 329 estavam internados em cuidados intermédios, 89 em cuidados intensivos e 43 já foram dados como recuperados.

A 17 de março, o Governo decretou o estado de calamidade pública em Ovar, dado o município já se encontrar em situação de contaminação comunitária, e no dia 18 teve aí início um cerco sanitário que obriga ao controlo de fronteiras, a isolamento domiciliário e ao encerramento de toda a atividade empresarial que não seja de primeira necessidade.

Desde as 00:00 do dia 19 de março, todo o país entrou no regime de estado de emergência, o que vigorará até às 23:59 do dia 02 de abril.

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