Covid-19: Aviação britânica e irlandesa prevê parar maioria dos aviões a curto prazo

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Porto Canal com Lusa

Londres, 16 mar 2020 (Lusa) - A indústria aérea britânica e irlandesa anunciou hoje medidas drásticas para reduzir os custos e deverá deixar em terra a maioria dos seus aviões a curto prazo para tentar ultrapassar a tempestade do novo coronavírus.

As companhias aéreas e as organizações setoriais advertem para uma hecatombe no setor que só pode ser evitada se o Governo britânico intervier muito rapidamente para dar apoio e liquidez.

A Ryanair advertiu hoje que as restrições impostas por um número crescente de países vão implicar deixar em terra a "maioria da sua frota nos próximos sete a 10 dias" e que nos países em que os voos não são totalmente interditos, fazer os voos poderia tornar-se "impraticável ou mesmo impossível".

Em abril e maio, a transportadora irlandesa espera "uma redução da capacidade de assentos até 80% e uma paragem total da frota não está excluída".

No mesmo sentido, o IAG (International Airlines Group), casa mãe da British Airways, prevê uma redução da sua capacidade "de pelo menos 75%" dos voos em abril e maio.

No primeiro trimestre deste ano, a capacidade esperada do IAG recuou 7,5% face ao mesmo período de 2019. O IAG anunciou também que vai adotar medidas para reduzir os custos, mesmo assegurando possuir "uma liquidez sólida".

O IAG também anunciou que perante "circunstâncias excecionais", o CEO (Chief Executive Officer, presidente executivo) Willie Walsh, que deveria ser susbstítuido no final de março pelo da filial Iberia Luís Gallego, vai manter-se no cargo por alguns meses adicionais enquanto Gallego vai gerir a crise na Iberia.

A britânica Easyjet também advertiu num comunicado que "devido às restrições sem precedentes impostas pelos governos às viagens devido à pandemia "decidiu novas anulações de voos", que se podem traduzir a curto prazo em "deixar em terra a maioria da frota".

"Não é seguro que as companhias aéreas europeias (...) sobrevivam ao que se poderá revelar um congelamento a longo prazo das viagens", refere a Easyjet, instando as autoridades a tomarem medidas de urgência.

MC // EA

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