Moscovo pede à Crimeia para libertar chefe da Marinha ucraniana
Porto Canal
O ministro da Defesa russo, Serguei Shoigu, pediu às autoridades da Crimeia para libertarem o comandante da Marinha ucraniana, detido na quarta-feira durante a ocupação de uma base naval em Sebastopol, indica um comunicado publicado hoje.
O titular da pasta da Defesa da Rússia solicitou ainda, segundo o comunicado, que seja permitido ao contra-almirante Sergei Gaiduk regressar à Ucrânia.
O contra-almirante Sergei Gaiduk foi detido na quarta-feira após a tomada do quartel-general da Armada ucraniana por uma multidão que içou a bandeira da Rússia no recinto da base naval.
"Serguei Gaiduk foi detido temporariamente, porque há perguntas às quais tem de responder", assinalou o Ministério Público da Crimeia.
De acordo com a versão do Ministério Público, Gaiduk "transmitiu às unidades militares da Ucrânia (na Crimeia) uma ordem proveniente de Kiev para abrir fogo contra a população civil".
O ministro da Defesa russo recordou às autoridades da Crimeia que o contra-almirante estava obrigado a cumprir a ordem dos seus superiores.
O Presidente interino da Ucrânia, Oleksandr Turchinov, exigiu, na quarta-feira, às forças da Crimeia que libertassem Gaiduk, ameaçando adotar uma resposta adequada, caso não o fizessem.
A república da Crimeia e a cidade de Sebastopol, anexadas na terça-feira pela Rússia, foram palco nas últimas 24 horas de incidentes em três bases militares ucranianas.
Ao contrário de terça-feira, quando um ataque por homens armados a uma base em Simferopol fez um morto e dois feridos, as ocupações de bases de quarta-feira em Sebastopol e Novoozerne não envolveram violência.