Cadilhe defende políticas públicas que reduzam custos das empresas

| Política
Porto Canal / Agências

Lisboa, 18 mar (Lusa) - O antigo ministro das Finanças Miguel Cadilhe defendeu hoje a necessidade de se apostar em políticas públicas que contribuam para a redução dos custos das empresas, nomeadamente uma reforma do IRC que favoreça as pequenas e médias empresas.

"As principais políticas públicas amigas do investimento e das empresas deviam orientar-se por esta diretriz: a redução dos custos das empresas, desde os custos de contexto, à administração da justiça, à burocracia e à política fiscal", disse Miguel Cadilhe no Fórum das Políticas Públicas 2014.

O economista considerou que o défice externo português não está resolvido e reafirmou a necessidade de um plano para 10 anos para aplicar a seguir ao Memorando de Entendimento.

"As questões estruturais do nosso défice externo não estão resolvidas e logo que nós comecemos a crescer bem vamos ver as importações a crescer mais que o próprio PIB e o défice externo vai voltar a crescer. Por isso o plano para 10 anos tem de virar-se para os transacionáveis", disse.

Neste âmbito, Cadilhe reafirmou a necessidade de medidas de apoio às pequenas e médias empresas, nomeadamente a reforma do IRC, que passaria pela criação de escalões de 5, 10, 15, 20 e 25%, de modo a favorecer as empresas mais pequenas e no quadro do combate à evasão fiscal.

Miguel Cadilhe considerou ainda que os sinais de recuperação da economia portuguesa dos últimos trimestres "não são motivo para embandeirar em arco, porque ainda há muito que fazer".

O antigo ministro do Trabalho do Governo de José Sócrates Vieira da Silva também considerou que "ainda há um longo caminho a fazer para modernizar a economia portuguesa".

"Mas temo que esse caminho tenha sido cortado e a emigração qualificada é um desses cortes", disse José António Vieira da Silva, que também foi ministro da Economia.

O Fórum das Políticas Públicas 2014 começou hoje em Lisboa e decorre até quinta-feira.

A antiga ministra da educação, docente do ISCTE, é uma das coordenadoras do encontro e fez uma breve análise dos efeitos do Memorando de Entendimento.

RRA// ATR

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