Ministra do Mar diz que obras no molhe de Angeiras adiantadas cerca de um mês
Porto Canal com Lusa
As obras de construção do molhe de Angeiras, em Matosinhos, estão cerca de um mês adiantadas e cumprem o orçamento de 3,7 milhões de euros atribuído, revelou esta terça-feira a ministra do Mar, Ana Paula Vitorino.
A governante visitou hoje as obras do molhe do portinho de Angeiras, numa extensão de 488 metros, destinado a proporcionar melhores condições de abrigo e segurança aos barcos na navegação de aproximação e partida para a pesca, cujo prazo de execução é de 18 meses.
Retomadas em março de 2019, depois de seis meses de paragem motivada pelas condições do mar no inverno, as obras, segundo a ministra, "estão cerca de um mês adiantadas, em relação ao prazo, e controladas do ponto de vista financeiro, ou seja, está a cumprir o calendário, com folga e dentro do preço programado".
"Por outro lado, vejo também que as populações locais, os pescadores, estão muito satisfeitos porque há muitos anos que ansiavam esta obra", acrescentou a ministra, lembrando tratar-se de um projeto que incluiu a "recuperação da lota e da rampa de acesso das embarcações".
Ana Paula Vitorino enfatizou o facto de os atrasos que atrasam a maior parte das obras públicas "resultarem de imprevistos, como as condições atmosféricas ou porque existem problemas geotécnicos que é necessário corrigir e aprofundar", logo "não por falta de competência ou de eficiência na sua construção".
A presidente da Câmara de Matosinhos, Luísa Salgueiro, destacou o facto de, uma vez concluída a obra, "os pescadores vão ter aquilo que sempre desejaram, a segurança para a atividade piscatória".
A obra incluiu a "requalificação da lota, que passou a ser também um posto de venda", destacou a autarca.
"O fator-chave para o sucesso da obra foi a parceria que houve, entre a administração central e municipal, uma chave para que não houvesse atritos nem mal-entendidos", elogiou a ministra, sem esquecer o "papel da associação de pescadores" de Angeiras.
A obra iniciou-se em julho de 2018, tem decorrido com bastante celeridade estando o corpo do molhe praticamente todo construído com o enrocamento (pedras utilizadas para conter o mar), explicou o diretor da obra, José Simão.
Segue-se a colocação da pedra de enrocamento na cabeça do molhe e posteriormente do empedrado, considerada a parte mais difícil da obra, onde será instalado um farolim para fazer o assinalamento marítimo, acrescentou.
Os pescadores que acompanharam a visita solicitaram à ministra uma segunda intervenção, a sul do novo molhe, acrescentando "pedras para evitar a fuga da areia da praia, ao mesmo tempo que aumenta a segurança da navegação".
A ministra mostrou abertura para estudar essa possibilidade, uma vez que a situação faz correr perigo também um "cano de esgoto" que desemboca na água.