BE de Viseu considera "triste e ridícula" a rutura da oncologia do hospital

| Política
Porto Canal com Lusa

Viseu, 13 jun 2019 (Lusa) -- Um dos membros da comissão coordenadora distrital de Viseu do Bloco de Esquerda (BE) disse hoje à agência Lusa que "é triste e ridículo" que um serviço do hospital, como é o caso da oncologia, não possa aceitar novos utentes.

"O Bloco de Esquerda acha triste e ridículo que um serviço de um hospital com esta dimensão chegue ao ponto de não aceitar novos utentes. Continuamos a defender que o Sistema Nacional de Saúde (SNS) necessita de muito mais investimento do que aquele que tem tido", avançou Carlos Couto.

No entender deste responsável político, o Centro Hospitalar Tondela Viseu "precisa desse investimento por dois motivos: primeiro, para conseguir tapar os buracos do desinvestimento dos últimos anos e, depois, em segundo, para poder evoluir e dar melhores condições aos utentes".

Esta reação surge depois de, na terça-feira, num comunicado conjunto, o Sindicato dos Médicos da Zona Centro, o Sindicato Independente dos Médicos e a secção regional do Centro da Ordem dos Médicos referirem que a situação atingiu "o ponto de rutura e que os colegas oncologistas assumem a incapacidade de garantir a consulta e tratamentos de quimioterapia para novos doentes".

Carlos Couto adiantou à agência Lusa que, "tal como tem vindo a acontecer e, nomeadamente sobre o centro oncológico prometido para Viseu", o BE "vai questionar o Ministério [da Saúde] e vai levar o assunto ao Parlamento".

"Através do nosso grupo parlamentar e do nosso deputado Moisés Ferreira vamos questionar diretamente o ministério e, além das perguntas, vamos deixar claro que para o Bloco esta situação tem de ser resolvida de imediato e têm de ser arranjadas soluções para que os utentes possam continuar a serem atendidos em Viseu", afirmou.

Entre as perguntas que seguirão para o Governo, vai também a "questão do investimento na radioterapia e centro oncológico, ou seja, o investimento que está prometido, mas que ainda não começou", no Centro Hospitalar Tondela Viseu.

"Não é só este problema que esperamos que seja pontual, é também depois o investimento que é necessário para que o serviço possa melhorar e para que os doentes possam ser atendidos em Viseu, mesmo sem este problema de falta de médicos", lembrou.

Para Carlos Couto, a "pressão política e pública que, felizmente, está a existir", neste momento em que foi anunciada, por parte dos profissionais de saúde, a rutura do serviço de oncologia em Viseu, "que não seja só para pôr mais um penso rápido".

"Que toda esta pressão não seja para remediar a situação, mas que seja para haver um investimento, para que não volte a acontecer e para que o serviço possa ter mais valências através do investimento necessário na saúde", concluiu Carlos Couto.

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