FMI quer mais austeridade para cumprir défice de 2,5% em 2015
Porto Canal
O Fundo Monetário Internacional (FMI) afirmou hoje que, para alcançar um défice de 2,5% em 2015, Portugal vai ter de “identificar medidas adicionais permanentes de cerca de 1,2%” do Produto Interno Bruto (PIB).
No relatório sobre a décima avaliação ao Programa de Assistência Económica e Financeira (PAEF), hoje divulgado, o FMI afirma que, apesar dos desafios legais, “as autoridades [portuguesas] estão determinadas a avançar a reforma da administração pública para ancorar o seu ritmo de consolidação orçamental no médio prazo”.
O Fundo refere que, para atingir um défice orçamental de 2,5% e sair do Procedimento dos Défices Excessivos em 2015, serão necessárias “medidas adicionais permanentes” de 1,2% do PIB no próximo ano e também “um esforço orçamental adicional de cerca de 0,5% do PIB além das projeções base do Fundo nos próximos anos”.
“Para alcançar estes objetivos, as autoridades estão a avançar medidas específicas para racionalizar a administração pública, incluindo através de uma revisão da remuneração do setor público e das carreiras para introduzir uma tabela única e escalas de suplementos”, lê-se no relatório.
A instituição liderada por Christine Lagarde refere ainda que as discussões preliminares vão acontecer na 11.ª revisão regular ao programa, altura em que vão ser detalhadas propostas orçamentais de médio prazo, incluídas no Documento de Estratégia Orçamental, publicado em abril.