CNE esclarece que membros do Estado podem participar em inaugurações

| Política
Porto Canal com Lusa

A Comissão Nacional de Eleições (CNE) esclareceu hoje que os titulares de órgãos do Estado e da Administração Pública não estão impedidos de participar em conferências, assinaturas de protocolos ou inaugurações no período de pré-campanha eleitoral.

"Os órgãos do Estado e da Administração Pública não estão, no desenvolvimento das suas atividades, impedidos quanto: à realização ou participação em eventos (conferências, assinaturas de protocolos ou inaugurações); à realização de entrevistas, discursos ou a resposta a meios de comunicação social" lê-se na nota de esclarecimento da CNE.

A CNE reiterou o conteúdo de uma nota informativa divulgada na semana passada, e que causou polémica junto de autarcas, que contestaram a interpretação restritiva da lei que regula a publicidade em tempo eleitoral, insistindo nos pontos que estão vedados aos titulares do Estado a partir do momento em que são marcadas as eleições.

Segundo a comissão, os órgãos do Estado e da Administração Pública "não poderão utilizar: suportes publicitários ou de comunicação que, nomeadamente, contenham slogans, mensagens elogiosas ou encómios à ação do emitente ou, mesmo não contendo mensagens elogiosas ou de encómio, não revistam gravidade ou urgência, ou posts em contas oficiais de redes sociais que contenham hashtags promocionais, slogans, mensagens elogiosas ou encómios à ação do emitente".

Nos últimos três dias, o primeiro-ministro inaugurou centros de saúde, já em período de pré-campanha para as europeias de 26 de maio. Segundo a edição de hoje do jornal i, "a CNE recebeu, até ao momento, três queixas contra o governo por causa das inaugurações".

O i noticiou também, e Assunção Cristas confirmou depois, que "o CDS pondera em avançar com uma queixa junto da CNE contra o governo também por causa das inaugurações".

"Estamos a fazer essa ponderação. Aquilo que nos parece evidente é que o primeiro-ministro está em fortíssima campanha eleitoral. Tem que cumprir a lei. E quem interpreta a lei é a Comissão Nacional de Eleições (CNE). É bom que a lei seja rigorosamente cumprida", disse Assunção Cristas, reiterando que a que a secretaria-geral do CDS-PP já está a recolher todos os elementos e a fazer essa ponderação.

+ notícias: Política

Montenegro quer que 50 anos marquem “ponto de viragem” na retenção de talento dos jovens

O primeiro-ministro manifestou esta quinta-feira a convicção de que os 50 anos do 25 de Abril serão “um ponto de viragem” para quebrar “um ciclo negativo” dos últimos anos, de “incapacidade de reter em Portugal” o talento dos jovens.

Milhares na rua e Marcelo atacado com herança colonial

Milhares, muitos milhares de pessoas saíram esta quinta-feira à rua para comemorar os 50 anos do 25 de Abril, no parlamento a direita atacou o Presidente por causa da herança colonial e Marcelo fez a defesa da democracia.

25 de Abril. A carta do Presidente dos Estados Unidos para Portugal

O presidente dos Estados Unidos da América, Joe Biden, congratulou esta quinta-feira Portugal pelo “espírito corajoso” com que fez a Revolução dos Cravos, há 50 anos, que permitiu o regresso da democracia.