"Está em marcha a maior ofensiva de propaganda que já existiu" - Seguro

| Política
Porto Canal / Agências

O secretário-geral do PS declarou hoje que "está em marcha a maior ofensiva de propaganda que já existiu na história da democracia", acusando o Governo de campanha eleitoral e de ilusões para "tentar manter-se no poder".

António José Seguro discursava hoje na abertura do plenário concelhio de militantes do PS, que decorre em Vila Nova de Gaia, tendo-se mostrado indignado com "esta campanha eleitoral em que o Governo envolveu o país" e com "estas ilusões em que continua a insistir apenas com um objetivo: o de tentar manter-se no poder".

"Na política não vale tudo e sinceramente este Governo ultrapassou os limites", condenou o líder socialista, considerando estar "em marcha a maior ofensiva de propaganda que já existiu na história da democracia portuguesa para criar a ilusão de que os problemas desapareceram e de que os problemas se vão embora".

Segundo António José Seguro, Portugal está hoje pior "do que quando este Governo tomou posse" e o executivo de Passos Coelho, em vésperas de eleições prepara-se "para vender novas ilusões".

"Viram o vice-primeiro-ministro dizer que em 2015 talvez pense baixar o IRS. Que lata! Então quem é que aumentou, quem é que promoveu o maior aumento de IRS da nossa história e da nossa democracia?", questionou.

O secretário-geral do PS disse ainda que hoje ouviu Passos Coelho "agradecer à 'troika' pelo contributo que tem dado ao nosso país".

"O primeiro-ministro pode agradecer a quem quiser, mas eu acho que os portugueses não têm nenhuma razão para agradecer ao primeiro-ministro de Portugal. Nenhuma", enfatizou.

Seguro reiterou que o atual executivo "empobreceu o país, tornou-o mais desigual e verdadeiramente alguns dos problemas foram empurrados com a barriga".

"E quando nós ouvimos os cantos de sereia do Governo a dizer: temos que fazer um consenso. Consenso sobre o quê? Sobre a pobreza e sobre a desigualdade? Não", declarou.

O líder socialista descreveu o atual executivo como tendo "uma agenda liberal, uma agenda ideológica, de desmantelar o Estado porque acredita que são os mercados que resolvem os problemas das sociedades".

"Nós não acreditamos. Os mercados não resolvem problemas. Os mercados precisam de regras para gerarem recursos e esses recursos precisam de ser distribuídos de uma forma justa por todas as sociedades. Nós sempre fomos defensores de uma economia de mercado. Não somos é defensores de uma sociedade de mercado", disse.

Durante o discurso, criticou ainda as políticas de encerramento de serviços - tribunais, segurança social e finanças - e a agenda de privatizações em curso, com críticas e oposição clara ao que disse ser o plano para privatizar a Águas de Portugal.

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