Oposição tailandesa procura anular eleições e dissolver partido no poder

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Porto Canal / Agências

Banguecoque, 04 fev (Lusa) -- A oposição tailandesa deverá hoje pedir a anulação das eleições de domingo e a dissolução do partido no poder, numa ofensiva legal que procura fazer cair o Executivo de Yingluck Shinawatra.

No entanto, a ofensiva legal poderá prolongar a instabilidade política no reino da Tailândia, que há anos vive em turbulência devido às contantes manifestações populares que ocupam, ainda assim, apenas parte da cidade de Banguecoque, a capital, mas acabam sempre por registar episódios de violência que causam vários mortos e dezenas de feridos.

A petição que a oposição tailandesa deverá apresentar hoje ao Tribunal Constitucional surge depois dos Estados Unidos terem manifestado oposição a qualquer golpe militar.

Jen PSaki, porta-voz do Departamento de Estado disse que os Estados Unidos "não querem ver um golpe militar ou violência".

A oposição vai fundamentar a sua contestação legal na instauração do Estado de Emergência que, pelas limitações que impõe e ações políticas que permite, "acabaram por não permitir uma eleição livre e justa", explicou Virat Kalayasiri em declarações à agência AFP.

Por outro lado, o mesmo responsável garante ter como objetivo a dissolução do Puea Thai, o partido de Yingluck, acrescida da proibição de direitos civis para os seus dirigentes, uma forma de afastar legalmente do poder os políticos que venceram as eleições nos últimos atos realizados no país.

Yingluck Shinawatra, irmã mais nova o ex-primeiro-ministro Thaksin Shinawatra, deposto por um golpe militar em 2006, está no poder pela via eleitoral. O Partido Democrata, que há mais de duas décadas não vence qualquer eleição, quer afastá-la do Governo e dissolver a sua força política, apoiada pelas camadas mais desfavorecidas da população.

Na tentativa de acalmar a contestação popular que desde novembro está nas ruas de Banguecoque, o Governo dissolveu o parlamento, convocou eleições, mas o boicote ao ato eleitoral pelos Democratas, que lideram as manifestações e não se apresentaram a sufrágio, não permitem a eleição de um parlamento representativo da vontade dos eleitores.

Os dirigentes do Partido Democrata não concordam com o ato eleitoral e querem o Executivo substituído por um conselho popular que introduza um conjunto de reformas antes da realização de eleições num período de 12 a 14 meses.

JCS // FV

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