Barack Obama visita Arábia Saudita em Março
Porto Canal / Agências
Washington, 03 fev (Lusa) -- O Presidente dos Estados Unidos vai visitar a Arábia Saudita em finais de março para falar sobre segurança e cooperação com o rei Abdullah, aliado tradicional de Washington no Médio Oriente, anunciou hoje a Casa Branca.
A deslocação de Barack Obama a Riade vai ocorrer num período que também será marcado por um périplo europeu do líder norte-americano, de 24 a 27 de março, que inclui paragens na Holanda, Bélgica e Itália (Vaticano).
"O Presidente [Barack Obama] espera discutir com o rei Abdullah os laços duradouros e estratégicos entre os Estados Unidos e a Arábia Saudita, bem como a nossa cooperação para fazer progredir os interesses comuns ao nível da segurança do Golfo e da região, da paz no Médio Oriente, da luta contra o extremismo violento e outros dossiês" económicos e relacionados com a segurança, precisou o porta-voz da administração norte-americana, Jay Carney.
Obama visitou o território saudita apenas uma vez, em junho de 2009, no início do seu primeiro mandato presidencial. No ano seguinte, recebeu o monarca saudita na Sala Oval na Casa Branca.
Desde então, a relação entre Riade e Washington tem sofrido alguns contratempos, como foi o caso da "primavera árabe".
A Arábia Saudita reagiu com alguma desconfiança ao apoio de Obama e da administração norte-americana aos movimentos de contestação popular que abalaram os regimes autoritários da região.
As autoridades sauditas também manifestaram alguma hostilidade em relação ao acordo sobre o programa nuclear iraniano negociado em novembro último entre as grandes potências internacionais e o regime de Teerão.
A guerra civil na Síria constitui outro ponto de discórdia, uma vez que as monarquias do Golfo apoiam publicamente a rebelião, incluindo os seus elementos mais radicais.
Em dezembro passado, num artigo no jornal New York Times, o embaixador da Arábia Saudita em Londres, Mohammed ben Nawaf ben Abdel Aziz al-Saoud, avisou os "amigos e parceiros ocidentais" de Riade que as relações do reino com os seus parceiros tinham "sido postas à prova principalmente pelas diferenças sobre o Irão e a Síria".
SCA // JMR
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