Táxis: Profisionais algarvios seguem paralisação mesmo com prejuízos diários

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Porto Canal com Lusa

Faro, 20 set (Lusa) -- Os taxistas algarvios paralisados na Estrada Nacional 125/10, junto ao aeroporto de Faro, prosseguem o protesto contra a nova legislação das plataformas eletrónicas de transporte apesar de estarem a ter prejuízo diários, reconheceu um profissional.

Filipe Santos é proprietário de um táxi de Albufeira e contou à agência Lusa que aderiu ao protesto, que concentra cerca de 200 veículos na via de acesso ao aeroporto de Faro, apesar de cada dia que passa com o carro parado representar perdas de, pelo menos, 50 euros, reconheceu o próprio à agência Lusa.

"Cada dia que o carro está parado, como hoje, representa 50 euros de prejuízo, com despesas que tenho. E tenho despesas mensais fixas de 1.500 euros", disse Filipe Santos, referindo-se ao valor que gasta mensalmente com a segurança social do motorista que trabalha para si, a licenças necessárias para operar com o táxi ou o contabilista que lhe trata das contas.

E, durante os três meses do verão, Filipe Santos já sentiu "quebras de cerca de 30%" nas receitas, num período do ano em que muitos profissionais do setor do táxi no Algarve faziam receitas para depois subsistir nos meses de menor afluência turística, no inverno, disse.

E tem ainda de assistir a como "muitos, mas muitos" veículos que trabalham para as plataformas eletrónicas de transporte descaracterizado afluem à região no verão, praticando preços elevados que podem baixar depois nos meses de menor procura, "dando cabo do negócio" ao setor do táxi, que tem tarifas estabelecidas e não pode alterar o valor que cobra, acrescentou.

"Isto é uma vergonha, esta situação não pode continuar. E já leu as conclusões do grupo de trabalho que preparou a lei? Se ler as atas, houve intervenientes que pouco sabiam do setor do táxi", criticou, questionando a contribuição que, por exemplo, entidades como o porto de Lisboa e o porto de Leixões podem dar a uma legislação que regula o transporte rodoviário de passageiros.

Filipe Santos é um dos cerca de 200 profissionais do Algarve que aderiram à paralisação na quarta-feira e seguem o apelo feito pelas duas entidades representativas do setor do táxi, após se reunirem com grupos parlamentares na Assembleia da República, para manter o protesto enquanto o Tribunal Constitucional não apreciar a nova legislação, que já foi promulgada pelo Presidente da República e deverá entrar em vigor a 01 de novembro.

O protesto em Faro mantém-se nos moldes em que se iniciou, na quarta-feira, às 07:00, com os taxistas algarvios concentrados nas duas faixas da via que desemboca na rotunda do aeroporto de Faro, enquanto o trânsito regular circula por uma faixa, à direita, permitindo o acesso tanto à infraestrutura aeroportuária, como à praia de Faro.

"Está tudo na mesma, mantemo-nos aqui em protesto porque ainda não há 'fumo branco'", afirmou Francisco José Pereira, da Cooperativa Rotáxis Faro, que tem sido o porta-voz dos taxistas algarvios durante esta paralisação.

As duas entidades representativas do setor do táxi apelaram, ao final da tarde de quarta-feira, para que os profissionais se mantenham em protesto nas ruas de Lisboa, Porto e Faro, depois de terem estado reunidas com os grupos parlamentares, enquanto as suas reivindicações não forem satisfeitas.

MHC // MCL

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