Diretor clínico e 51 responsáveis de serviço do Hospital Gaia/Espinho demitem-se

Diretor clínico e 51 responsáveis de serviço do Hospital Gaia/Espinho demitem-se
| Norte
Porto Canal com Lusa

O diretor clínico e os diretores e chefes de serviço do Centro Hospitalar de Vila Nova de Gaia/Espinho (CHVNG/E), num total de 52 clínicos, demitiram-se em protesto contra as "condições indignas" em que trabalham.

O anúncio foi feito hoje pelo presidente do Conselho Regional do Norte da Ordem dos Médicos, António Araújo, em conferência de imprensa.

Na conferência de imprensa, no Porto, o diretor clínico demissionário daquele centro hospitalar, José Pedro Moreira da Silva, apontou como causas para a demissão coletiva as "condições indignas de assistência no trabalho e falta de soluções da tutela".

Em março, numa visita à unidade hospitalar para se inteirar dos problemas existentes, o bastonário da Ordem dos Médicos, Miguel Guimarães, disse que todos os diretores de serviço do Centro Hospitalar estavam dispostos a demitir-se se "a situação caótica" se mantivesse.

"[Existem] condições caóticas. O Serviço de Urgência parece um cenário de guerra com macas por todo o corredor. Quase é impossível circular (...). Este hospital está a definhar. As prioridades são a melhoria das infraestruturas e dotar o hospital com os recursos humanos necessários", afirmou, na altura, o bastonário, referindo que foi decidido enviar uma carta e solicitar uma reunião "urgente" ao ministro da Saúde.

Miguel Guimarães desafiou então os ministros da Saúde e das Finanças a visitarem este hospital para perceberem, disse o responsável, que "doentes e profissionais vivem em condições que não lembram a ninguém".

"Os médicos e a Ordem dos Médicos estão indignados com o que está a acontecer e, na salvaguarda da segurança clínica e da qualidade da medicina que devem existir, todos os diretores de serviço e de departamento estão na disposição de apresentar a sua demissão se nada for feito", salientou na ocasião o bastonário.

Posteriormente, o Ministério da Saúde anunciou o avanço da terceira fase das obras de remodelação do Hospital de Gaia, na altura em que as obras da segunda fase estão a arrancar.

Já em resposta a estas críticas, também na altura, o presidente do conselho de administração do CHVNG/E, António Dias Alves, que tomou posse em abril do ano passado, garantiu que neste hospital se "pratica boa medicina por pessoas que se esforçam" e avançou que vai "ouvir e dialogar com os profissionais".

"Vamos ouvi-los, dialogar e perceber as razões em consonância com a tutela porque pretendemos o melhor para o hospital", referiu então António Dias Alves.

A Lusa tentou obter uma reação do Hospital de Gaia/Espinho a estas demissões, mas até ao momento tal não foi possível.

+ notícias: Norte

Saiba onde vão estar os radares em maio no Norte do país

A Polícia de Segurança Pública (PSP) anunciou, no âmbito da habitual operação “Quem o avisa…”, onde e quando vão estar localizados os radares de velocidade para o mês de maio.

Rede UNIR lidera reclamações sobre transportes registadas no Portal da Queixa

A rede de transportes metropolitanos UNIR, que opera em 17 municípios da Área Metropolitana do Porto, continua a gerar críticas cerca de cinco meses depois de ter entrado em funcionamento. No Portal da Queixa, desde dezembro até abril, foram registadas 400 queixas de utilizadores.

Viana do Castelo vai lançar novo concurso público para a construção do mercado

O presidente da Câmara de Viana do Castelo anunciou esta terça-feira a a abertura de um novo concurso público para a construção do novo mercado municipal, no local onde existia do prédio Coutinho.