Sindicato acusa hotelaria e restauração do Norte de incumprimento da nova tabela salarial

| Norte
Porto Canal com Lusa

O presidente do Sindicato dos Trabalhadores de Hotelaria e Similares do Norte afirmou esta segunda-feira no Porto que “a grande maioria” das empresas do setor no Norte “não está a cumprir a nova tabela salarial”.

Atualizado 28-08-2018 11:59

“Numa ronda pelas principais cidades dos distritos da região Norte concluímos que a grande maioria dos patrões das empresas do setor da hotelaria e restauração não está a cumprir a nova tabela salarial que entrou em junho, mas tem efeitos a abril”, disse Francisco Figueiredo.

Numa conferência de imprensa realizada junto ao Hotel Brasileira Porto, o dirigente sindical sublinhou que a nova tabela salarial “representa para estes trabalhadores, que estiverem sete anos sem aumentos salariais, um aumento de cerca de 8,8%, portanto, um aumento significativo”.

Nesta visita pela região, o sindicato verificou que “há distritos como Braga, Viana do Castelo, Vila Real ou Bragança onde praticamente ninguém cumpre a tabela salarial mesmo no setor do alojamento”.

Na cidade do Porto, segundo Francisco Figueiredo, “há, de facto, um grande número de hotéis que cumpre, talvez até a maioria cumpra a nova tabela salarial, mas já em relação à restauração, a maioria dos cafés, restaurantes e pastelarias da cidade também não cumpre”.

“Verificámos também nestas visitas que, em geral, a regra dos dois dias de descanso semanal não é respeitada, o trabalho em dia feriado não é pago e o regime de carreiras das diuturnidades também não é respeitado”, acrescenta.

O dirigente do Sindicato dos Trabalhadores da Indústria de Hotelaria, Turismo, Restaurantes e Similares do Norte afirmou que já deu conta desta situação à Autoridade para as Condições do Trabalho (ACT), em junho.

“Reunimos em Lisboa no sentido de pedir uma intervenção geral no setor, porque estes trabalhadores trabalham sem proteção e se não for a inspeção de trabalho a atuar de forma sancionatória e não autorreguladora, os problemas não se resolvem”, frisou.

De acordo com Francisco Figueiredo, “os horários imprevisíveis e infindáveis, os ritmos de trabalho intensos, a precariedade dos vínculos laborais, o trabalho ilegal e clandestino, o trabalho não declarado, os baixos salários praticados levam à fuga dos trabalhadores do setor e à existência de dificuldades de contratação de novos trabalhadores”.

“Estas condições violentas de trabalho provocam uma grande desmotivação e situações graves na saúde, como o stresse, depressão, ansiedade, dependência medicamentosa, cansaço, fadiga e o desmoronamento do ambiente familiar, sendo estas as verdadeiras razões que levam os trabalhadores a abandonarem o setor e a não quererem voltar”, considerou.

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