Mandela internado pelo segundo dia, governo mantém silêncio

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Porto Canal / Agências

Joanesburgo, 09 jun (Lusa) - O antigo presidente da África do Sul Nelson Mandela continua hoje hospitalizado, pelo segundo dia consecutivo, enquanto o governo sul-africano mantém o silêncio sobre o seu estado e o país reza pela sua recuperação.

Mandela, de 94 anos, foi hospitalizado na madrugada de sábado em Pretória "em estado grave mas estável" devido a uma recaída de uma infeção pulmonar, segundo informou então a presidência em comunicado.

O porta-voz da presidência, Mac Maharaj, precisou depois que Mandela tinha uma pneumonia, mas respirava sem assistência, o que considerou um "bom sinal".

Desde então, a presidência não divulgou qualquer outra informação sobre o estado de Mandela.

"A presidência disse que emitirá um comunicado sobre a saúde do ex-presidente Nelson Mandela no domingo à tarde", indicaram a rádio local Eyewitness News e a televisão estatal, SABC.

Entretanto, muitos sul-africanos aproveitaram hoje os serviços religiosos dominicais nas igrejas para rezar pelo primeiro presidente negro do país, que lutou contra o regime de segregação racial do "apartheid", imposto pela minoria branca do país até 1994.

O presidente da África do Sul, Jacob Zuma, pediu no sábado aos seus compatriotas que dedicassem as suas orações a Madiba, nome de clã do ex-presidente.

"O nosso presidente Madiba deve recuperar rapidamente. Nós também devemos rezar por ele", disse Zuma, citado pelo diário sul-africano "City Press", numa reunião de membros do seu partido, o Congresso Nacional Africano (CNA).

Embora o governo não tenha concretizado qual a unidade de saúde onde está Mandela, alguns jornalistas estão concentrados à porta de um hospital de Pretória onde se suspeita que possa estar o ex-presidente.

Os jornalistas acamparam também frente à casa de Mandela no bairro de Houghton, em Joanesburgo, mas não houve qualquer movimento significativo no local, segundo os meios de comunicação.

Esta é a quarta vez, desde dezembro, que Mandela é internado num hospital.

O Nobel da Paz, que tem problemas pulmonares há anos, tinha tido alta hospitalar em abril após uma estada de 10 dias com pneumonia.

Em dezembro tinha sido hospitalizado por 18 dias com uma infeção pulmonar e para uma cirurgia a pedras na vesícula, naquela que foi a sua mais longa hospitalização desde que saiu da prisão, em 1990.

A sua última aparição pública remonta à cerimónia de encerramento do Mundial de Futebol de 2010, que decorreu na África do Sul.

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