CDS tem "várias pessoas" capazes de presidir à Assembleia Municipal do Porto

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Porto Canal / Agências

Porto, 28 jan (Lusa) -- O presidente da Distrital do Porto do CDS defendeu hoje existirem "várias pessoas" daquele partido com capacidade para presidir à Assembleia Municipal (AM) do Porto e recusou existirem divergências com Daniel Bessa, o independente que renunciou ao cargo.

"O CDS tem várias pessoas, nos membros eleitos na AM, que são sete, que podem exercer essa função com todo o à-vontade. Tem várias pessoas nessas condições", disse à Lusa Álvaro Castello-Branco, reagindo à renúncia apresentada na segunda-feira pelo presidente da AM do Porto, Daniel Bessa, com base em motivos pessoais.

Questionado sobre divergências, referidas pela CDU, entre Daniel Bessa e elementos do CDS, o presidente da distrital começou por dizer: "Desconheço, até porque na mesa não está só uma pessoa do CDS, está também uma pessoa do PS".

Mais à frente, Castello-Branco disse poder "garantir que entre o CDS e Daniel Bessa não havia qualquer divergência".

"Posso garantir até enquanto presidente distrital. Apoiámos Daniel Bessa como candidato à AM e na sua eleição para presidente. Não tenho nenhuma divergência com Daniel Bessa. Nunca tivemos", afirmou.

Quanto ao sucessor de Daniel Bessa, que terá de ser escolhido numa nova eleição da mesa da AM, Castello-Branco assegura que aquele órgão "tem várias pessoas que podem desempenhar essas funções, nomeadamente na lista que apoiava Rui Moreira".

"O grupo municipal que apoiou Rui Moreira vai ter de se sentar, falar sobre isso, falar com o PS e chegarão seguramente a uma conclusão. Mas acho que há várias pessoas que podem desempenhar essa função", observou.

O dirigente partidário regional disse que apenas teve conhecimento da decisão de Daniel Bessa "hoje de manhã", tendo sido "apanhado de surpresa" na medida em que "não sabia que havia questões pessoais que levavam a isso".

"Obviamente respeito os motivos pessoais, mas acho que é pena porque Daniel Bessa é uma pessoa com valor e era útil estar como presidente da AM. Acho que é pena na medida em que Daniel Bessa é um nome com peso suficiente para ser presidente da AM", afirmou.

"Alguma razão terá importância na sua vida pessoal que o levou a fazer isso", concluiu.

Artur Ribeiro, deputado municipal da CDU, alertou hoje que "há algum tempo" se notavam "divergências" entre os independentes de Rui Moreira e o CDS.

O comunista recordou que, numa sessão em que a AM foi chamada a aprovar uma proposta do anterior executivo, Daniel Bessa foi um dos elementos "da coligação de Rui Moreira" que se absteve e, na declaração de voto, "claramente atira responsabilidades" ao presidente da autarquia.

De acordo com o deputado, a "divergência entre pessoas da coligação, nomeadamente com pessoas ligadas ao CDS" era "notória entre segundo secretário [da mesa da AM], Miguel Leite, e o presidente da AM, Daniel Bessa".

O comunista destacou que, "numa conferência de líderes realizada na semana passada, pela primeira vez não este presente ninguém da mesa" da AM, composta por Daniel Bessa, pela primeira secretária, Ana Paula Vitorino (PS) e pelo segundo secretário, Miguel Pereira Leite (CDS).

A renúncia de Daniel Bessa à presidência da AM do Porto foi conhecida pouco antes do início da sessão extraordinária da Assembleia Municipal do Porto de segunda-feira.

ACG // JGJ

Lusa/fim

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